Na noite de sábado, 12 de fevereiro, o artista de Bristol brindou o público com quase duas horas de música.

Após o cancelamento dos concertos marcados para 2020, Matt Elliott voltou a pisar terras lusitanas para um conjunto de cinco espetáculos. Agora foi a vez de Braga receber o músico e compositor inglês, no Theatro Circo.

Perante uma plateia bem composta e com público de todas as idades, Matt Elliott subiu ao palco da sala de espetáculos bracarense. Após o primeiro tema instrumental, o artista revelou que não estava nervoso até ver a quantidade de assentos preenchidos, mas assegurou que pareciam todos “very chill people”.

Francisco Alves I ComUM

A title track de “Farewell to All We Know (2020) foi logo a segunda no repertório, com versos ora de aceitação, ora de angústia perante a morte. As harmonias vocais e instrumentais criavam um tom assombroso que era projetado por toda a sala. Terminando sempre com um “obrigado, very much”, foi tocando temas do novo projeto, que se apresenta como um cruzamento entre a tradição folk e os sons oriundos do Mediterrâneo e da Europa Ocidental.

A audiência ouviu ainda uma reinterpretação de “Between The Bars” de Elliott Smith, com uma introdução acompanhada de flauta. No entanto, o instrumento de sopro mais utilizado foi o saxofone, que foi tema de várias piadas por parte do músico. Antes da canção que deveria ser a final, Matt Elliott pediu desculpa, em tom de brincadeira, a quem “não estava preparado para ouvir músicas tristes” naquela noite, cultivando risos na plateia.

O britânico acabou por sair do palco, mas voltou depois de fortes aplausos, permitindo que o público sugerisse os temas tocados no encore triplo. Ouviram-se então os clássicos “Dust, Flesh and Bones”, “The Right to Cry” e “The Kursk”. No final, teve direito a uma muito merecida ovação em pé, provando desnecessários os lamentos por se ter enganado em alguns dos sons.