Cryptocurrency, blockchain, inteligência artificial e machine learning vão estar entre os temas mais debatidos durante o evento.

A 12ª edição da Semana da Engenharia Informática (SEI) vai realizar-se presencialmente entre os dias 15 e 20 de fevereiro, depois da edição anterior ter sido em formato online. Segundo a vice-presidente do Centro de Estudantes de Engenharia Informática da Universidade do Minho (CeSIUM), Maria Pires, os participantes vão ter a oportunidade de perceber “o que é que as pessoas que trabalham na indústria fazem realmente”.

Os participantes vão poder participar em workshops e assistir a palestras sobre “os temas que estão mais em voga” no mundo da tecnologia e da informática, diz Maria Pires. A aluna do 5º ano do mestrado integrado em Engenharia Informática acredita que a SEI vai permitir “completar os cinco anos de formação” do curso, uma vez que “todo este novo mundo da Web3 e da crytocurency não é algo que seja propriamente falado nas aulas”. Realça, contudo, que o evento não é apenas direcionado para os alunos de engenharia informática. “Os alunos de ciências da computação também são um grande público-alvo”, admite.

A edição anterior da SEI realizou-se em formato online e é descrita pela organizadora como “muito bem-sucedida”, tendo tido “cerca de 700 participantes”. Este ano, o CeSIUM espera conseguir entre 500 a 600 participantes. “As nossas expectativas têm de ser geridas por causa da pandemia”.

Numa altura em que Portugal regista um elevado número diário de infetados por Covid-19, Maria Pires confessa sentir algum receio quanto à adesão ao evento e segurança dos participantes. “Temos bastante receio, mas elaborámos todo um plano de contingência aprovado pela Universidade do Minho (UMinho) e que segue todas as regras da Direção-Geral de Saúde (DGS)”. A organizadora da SEI revela que o CeSIUM está ainda a ponderar ter “as sessões com empresas também em formato online” para que quem está isolado possa participar na SEI’22.

Maria Pires defende que o contacto com profissionais da área permite aos participantes perceber “o que podem esperar no futuro”, preparando-os para a entrada no mercado de trabalho. “Vamos ter os stands das empresas às quais os participantes se podem dirigir e colocar todo o tipo de questões”.

Uma web app vai permitir ainda que os participantes ganhem prémios. “Funciona como uma espécie de caderneta de cromos virtuais. Ao participarem numa palestra e ao interagirem com empresas, por exemplo, ganham tokens que permitem rolar uma roleta e vencer prémios”. Apesar de não ser uma novidade, Maria Pires garante que a web app tem vindo a ser “refinada” e crê que está “cada vez melhor”.