Entre 28 de fevereiro e 2 de março, decorre a primeira edição da Simulação da Assembleia da República.

A Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho (AEDUM) e o Núcleo de Estudantes de Ciência Política (NECP) vão promover, entre 28 de fevereiro e 2 de março, a primeira edição da Simulação da Assembleia da República (SIM’AR). Durante o evento, os alunos vão ter oportunidade de representar partidos políticos e debater temas de relevância social.

Em entrevista ao ComUM, a presidente da AEDUM, Maria João Alves, afirma que a simulação vai dividir-se em várias fases. “Algumas de pedagogia e de formação, outras de pura imaginação de soluções políticas e normativas e, ainda, momentos de discussão aberta das propostas imaginadas pelos deputados”, explica. Os temas centrais a discutir, nos próximos dias, vão ser “as políticas relacionadas com o sistema prostitucional e lenocínio e as respostas do sistema face às questões relacionadas com a identidade de género”.

Na simulação, os alunos vão representar partidos e defender o ponto de vista da sua “cor partidária”. A presidente do NECP, Jacinta Sampaio, revela ao ComUM que a “cor vai ser escolhida aleatoriamente, de forma a estimular a capacidade dos participantes em defender algo que podem não acreditar propriamente”. “Para além de exercitar o poder de argumentação irá tornar a atividade muito mais interessante e dinâmica”, acrescenta.

Esta iniciativa surge também pela crescente falta de interesse da população pela área da política. A presidente da AEDUM entende que “um dos grandes problemas da democracia contemporânea consiste na alienação da população comum – e dos jovens – das questões políticas mais importantes”. Sendo assim, a estudante considera que “é importante ponderar a aproximação dos cidadãos às instituições políticas”.

As duas estudantes concordam que a iniciativa é importante uma vez que o carácter político é inerente ao ambiente académico, sendo esta uma oportunidade para os estudantes tomarem consciência política e para se informarem. Maria João Alves espera ainda que os participantes “desenvolvam capacidades de oratória, retórica, argumentação e a procura de soluções criativas para os problemas”.

A presidente da AEDUM está expectante de que o SIM’AR resulte “num verdadeiro momento de crescimento pessoal dos participantes, fomentando a respetiva responsabilidade cívica e compreensão sobre o sistema democrático português”. Por sua vez, a presidente do NECP confessa que “as expectativas são altas”. “Duas associações competentes, participantes ativos, temas urgentes e formato dinâmico. Tem tudo para correr bem e é essa a nossa maior expectativa”, argumenta.