O evento decorre entre 5 e 6 de março, no Campus de Azurém.

Este sábado, dia 5 de março, inicia-se o Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA). A edição realiza-se no Campus de Azurém, tendo como anfitrião a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Em conversa com o ComUM, Duarte Lopes, presidente da AAUM, explica no que consiste a iniciativa e como vai decorrer.

O evento realiza-se trimestralmente e “pode ser organizado por qualquer associação académica ou movimento associativo nacional”, explica o presidente. “No último ENDA, que se realizou em Setúbal, a associação académica avançou com a proposta de realizar o evento no Minho, a qual foi acolhida com unanimidade”, afirma.

Duarte Lopes reforça a preocupação do evento em discutir o ensino superior. “O que se pretende é que existam diálogos no sentido de definir os tópicos de discussão concretos”. Assim, vão haver diversos plenários em que vão ser discutidas “políticas que os estudantes/representantes estudantis consideram que o governo, o conselho dos politécnicos e a tutela devem tomar enquanto medidas a adotar no ensino superior”, adianta.

No primeiro dia, vão ser abordadas “algumas questões burocráticas e fazer também uma eleição bastante relevante – a eleição para o conselho nacional de educação”. Vão acontecer ainda plenários temáticos, sobre questões como a ação social, abandono escolar e a investigação no ensino superior. Destaque para este, em particular, por ser a primeira vez que decorre um plenário especificamente para discutir a investigação e alunos do 3º ciclo.

Já no domingo, segundo Duarte Lopes, vão existir plenários sobre temas como a valorização do ensino superior e do movimento estudantil e e o Orçamento de Estado para o ano 20/22. “As instituições trazem loções enquadradas nestes temas, intervêm, apresentam a sua loção, defendem-na e explicam porque é que aquilo é efetivamente uma prioridade para o movimento associativo, e a ter em conta pelo poder político”, explica.

Com a duração de dois dias, o evento conta com um recorde de participações, questão justificada por ser este “o primeiro encontro a acontecer já em contexto pandémico onde não haverá restrições de participação” “Contamos com 250 a 300 participantes, algo inédito, mas que é um reflexo do retorno desta normalidade”, argumenta. As pessoas estão com vontade de participar, o que o presidente admite ver com bons olhos.

Além disso, Duarte Lopes deixa claro que receber este evento é para a AAUM, “acima de tudo, um voto de confiança do movimento associativo”. “Com a Universidade de Lisboa a retirar a sua candidatura, a nossa acabou por ser acolhida com unanimidade. Isto é para nós um claro sinal de que o movimento associativo reconhece a qualidade e confiança da Associação Académica da Universidade do Minho para receber o encontro”, acrescenta.

No que diz respeito às espectativas do evento, as maiores recaem, segundo o presidente da AAUM, “sobre os resultados da comissão encarregada de rever o modelo do ENDA”. “A Universidade do Minho ficou responsável por liderar esses trabalhos. Vamos apresentar os resultados neste evento, que podem resultar num próximo ENDA numa revisão do seu regimento e do modelo. Eu diria que aguardamos, com enorme expectativa, os resultados que daí podem vir”, remata.