O orçamento da AAUMinho foi aprovado com uma abstenção e quatro votos contra.

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) terminou o ano de 2021 com um saldo positivo de 322.916 euros. Para 2022, o orçamento é um dos maiores de sempre: 5.109.597 euros, mais 400 mil euros em relação a 2021. O Plano de Orçamento foi apresentado esta quarta-feira na Reunião Geral de Alunos no campus de Azurém, em Guimarães, pelo antigo tesoureiro da AAUMinho, André Gomes.

Em 2020, a AAUMinho apresentou um resultado negativo de 86 mil euros, devido ao impacto da pandemia de Covid-19. O regresso de atividades como a receção ao caloiro, que contou com 15 mil participantes e gerou cerca de 95 mil euros, foi um dos contributos para o resultado positivo. “Praticamente todas as semanas tínhamos atividades. Desde a récita, à Start Point, passando pela receção ao caloiro, entre outros”, disse o antigo dirigente da associação académica, Rui Oliveira.

Contudo, André Gomes alertou à RUM que a situação financeira da AAUMinho está longe de ser positiva, visto que apresenta um passivo total de 623 mil euros, ou seja, um valor superior a qualquer recuperação. O antigo tesoureiro da associação destacou que tal resultado só é possível graças ao “rigor e controlo financeiro” da direção que, aos poucos, tem vindo a recuperar financeiramente “sem deixar de investir nas atividades”.

Para o atual presidente da AAUMinho, Duarte Lopes, o orçamento de 2022 demonstra a vontade de “retomar em pleno” as atividades da estrutura, seja no âmbito desportivo “onde vai haver uma grande aposta na participação em competições internacionais”, seja na receção de provas de relevo internacional.

Com o regresso das Monumentais Festas do Enterro da Gata, a associação prevê receitas superiores a um milhão de euros provenientes do setor recreativo e 1.2 milhões em despesa. O tesoureiro e responsável pela apresentação do dossier, Pedro Pinto, realçou o facto de as contas preverem a inflação resultante dos “tempos incertos que vivemos”.

Quanto aos objetivos traçados para este ano, Duarte Lopes apontou à RUM a “proximidade da comunidade”: meta que vai beneficiar da concretização dos projetos previstos para as sedes de Gualtar e Azurém. Outro dos pontos a melhorar ao longo de 2022 passa pela “coordenação associativa”, de forma a conseguir “fazer mais pela comunidade estudantil, pela academia e pelo ensino superior”.