Com esta ideia, o grupo de estudantes exige o despedimento do funcionário.
O grupo de estudantes pela eliminação do assédio na Universidade do Minho (UMinho) organizou o 6º plenário de estudantes para debater o mais recente arquivamento da queixa contra o funcionário da residência Lloyd. “Não é por não ser crime que é aceitável”, declara.
O coletivo mostra-se desapontado com a decisão da reitoria, classificando-a como “previsível”, uma vez que o órgão “aproveitou que as coisas fossem acalmando para arquivar o caso e realocar o funcionário”. No entanto, a mesa acrescenta que as “queixas de agressão, mesmo quando há procedimentos legais, são muito difíceis de provar”. Assim, pede “mais transparência”, nomeadamente através do acesso público ao relatório do caso.
“A maioria das vítimas não se pronunciou. Com apenas duas pessoas é fácil ilibar o suspeito”, adiciona. O coletivo afirma que a reitoria “nunca averiguou as queixas do grupo de denúncias” e que “pegaram num caso específico e arquivaram”.
No que diz respeito ao relatório apresentado pelo Grupo de Missão para prevenir e combater o assédio na academia, o grupo entende que, apesar de incluir as reivindicações pedidas, “as linhas orientadoras não estão claras”. “Não há metas definidas nem um compromisso da reitoria, o que dá à universidade tempo para esperar e não fazer nada. Falta tomar responsabilidade e fazer alguma coisa”, reitera.
O grupo considera que a próxima etapa é atingir um “universo mais vasto”, de modo a “partilhar ideias”. Com o plenário foi delineada a possibilidade de reuniões físicas com estudantes da residência Lloyd, ações publicitárias “mais agressivas” e uma “mobilização a nível nacional”. “O problema do assédio é sistémico em todas as universidades, pelo que vai ter mais adesão se acontecer a nível nacional”, argumenta.