"Orgia" é uma tragédia contemporânea sobre a diversidade.

Nos dias 26 e 27 de março, chega ao palco do Centro Cultural Vila Flor a nova produção do Teatro Nacional 21. A peça casa a celebração do Dia Mundial do Teatro e o centenário de Pier Paolo Pasolini, quem a escreveu. “Orgia” é dirigida por Nuno Cardoso e interpretada por Albano Jerónimo, Beatriz Batarda e Marina Leonard e é ainda uma coprodução da A Oficina (Guimarães) e do Teatro Viriato (Viseu).

A obra explora a diversidade e os impulsos obscuros e violentos que movem o ser humano. Segundo o encenador, “Orgia” é o teatro de palavras conjugadas pela carne e a manifestação da “procura por liberdade numa sociedade opressora, controladora e reguladora”.

O texto de Pier Paolo Pasolini disseca o mistério da fertilidade e os problemas da identidade, ma também a obsessão do sexo, que se revela objeto de culpa e meio de conhecimento. Assim, é concebida uma orgia sangrenta de palavras que encontra a sua essência no reconhecimento da diversidade. Com teor dramático pela sua poesia, com a tragédia grega e o teatro da palavra a assumir protagonismo como contraponto à sociedade da imagem.

A peça direcionada para maior de 16 anos apresenta-se às 21h30, no dia 16, e às 16h00 no 27. Os bilhetes podem ser adquiridos no espaço cultural onde o espetáculo tem lugar, bem como no Centro Internacional das Artes José de Guimarães, na Casa da Memória e na Loja Oficina e online em oficina.bol.pt e www.ccvf.pt.