Duarte Lopes fez um comunicado sobre as recentes queixas de assédio na faculdade lisboeta.
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) demonstrou-se solidária na manifestação contra o assédio, que aconteceu esta quinta-feira, 7 de abril, em frente à reitoria da Universidade de Lisboa. Em causa estão as 50 queixas de assédio moral e sexual, nos últimos 11 dias, nessa mesma instituição de ensino.
O Movimento Contra o Assédio de Lisboa, organizador da manifestação, adiantou que as queixas apresentadas equivalem a 10% dos professores da escola. A AAUM disponibilizou-se, assim, a entreajudar os colegas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Duarte Lopes, presidente da associação académica minhota, parabenizou a coragem dos colegas. Em declarações à RUM, o presidente frisou a importância de “criar e/ou melhorar os mecanismos de defesa e queixa”. “Parece-me ser daqueles problemas que conforme começamos a levantar o véu iremos encontrar mais casos. Estes registos vindos de Lisboa levantam muitas preocupações”, adicionou.
O representante declarou também que “normalmente Portugal não tem esta discussão”. Desta forma, espera “que desta exposição resultem posições sérias das lideranças”. “Quero acreditar que a vasta maioria [das lideranças] são compostas por pessoas de boa fé. Com o problema identificado é exigível que se apliquem medidas concretas e sérias”, concluiu.
No início de dezembro de 2021, centenas de estudantes da UMinho também saíram à rua para lutar pela segurança nos campi. Das denúncias e atenção que o movimento recebeu, a investigação resultou num funcionário dos serviços dos Serviço de Ação Social a ser indiciado por crimes de assédio. A falta de provas levou a que o processo fosse arquivado.