Com início marcado para as 16h30, a manifestação parte do Campus de Azurém em direção ao Teatro Jordão.
Esta quarta-feira, dia 20 de abril, os estudantes de teatro e artes visuais da Universidade do Minho vão protestar, nas ruas de Guimarães, contra as condições do Teatro Jordão Garagem Avenida (TJGA). O espaço, que foi recentemente renovado, acolhe há dois meses os dois cursos artísticos.
Em entrevista ao ComUM, Helena Figueiredo, representante dos estudantes, considera que a “universidade se tem demonstrado desinteressada” e que não providencia “as mínimas condições” para que os alunos consigam estudar. De acordo com a estudante, em causa está a falta de “internet, água em metade do espaço, bar, cantina, secretaria, reprografia, oficinas operacionais”. Também as salas de ensaio têm “má circulação de ar e falta de privacidade”, acrescenta.
No que diz respeito às casas de banho, “apenas existe uma para rapazes no piso de baixo, uma para raparigas e deficientes no piso seguinte e nenhuma nos dois últimos [pisos]”, como se lê no manifesto partilhado pelos estudantes. A inexistência de casas de banho mistas também é alvo da revolta estudantil. De acordo com o documento, ficou assegurado, durante o planeamento do edifício, que iriam existir casas de banho mistas. “Essa foi uma promessa não cumprida”, lê-se.
Já as oficinas onde decorrem as aulas dos estudantes de artes visuais são “disfuncionais” e não possuem “os materiais indispensáveis”. Consoante o manifesto, são os próprios alunos que têm de organizar e montar o material no decorrer das aulas e várias salas não possibilitam a realização dos exercícios das unidades curriculares. É o caso da oficina de cerâmica, que não tem tomadas adaptadas para ligar o forno.
A situação é similar para os alunos de teatro. De acordo com o documento partilhado, “a falta de cacifos e espaço de arrumação nos balneários e a falta de limpeza dificultam bastante o bom funcionamento do curso”. Da mesma forma, a inexistência de uma sala de figurinos e de salas de apresentações é igualmente criticada pelos estudantes.
No entanto, Helena Figueiredo refere que a falta de condições não é uma situação recente. Segundo a representante, “ao longo de vários anos, não foram dadas aos alunos de artes visuais e de teatro as condições de aprendizagem necessárias”. “Era uma realidade antes da transferência para o novo edifício do TJGA e infelizmente continua a ser visível dentro do espaço pelo qual todos ansiávamos”, admite a estudante.