Os responsáveis declaram terem sido apanhados de "surpresa".
Os presidentes das escolas responsáveis pelos cursos de Artes Visuais e Teatro, Paulo Cruz e Isabel Ermida, admitiram, em entrevista à RUM, que foram surpreendidos com as queixas e com a manifestação que ocorreu esta quarta-feira, em Guimarães. A manifestação que surgiu devido à falta de condições nas instalações do Teatro Jordão e da Garagem Avenida, reuniu cerca de 50 alunos da academia minhota.
Para o presidente da Escola de Arquitetura, Arte e Design, Paulo Cruz, a recente mudança para as novas instalações da Garagem Avenida sofreram, como em qualquer projeto novo, uma “fase de instalação”. Paulo Cruz explica que o local que recebe cerca de 60 alunos de artes visuais contém 3 mil metros quadrados de salas e uma galeria para exposições, tendo, por isso, condições “únicas” quando comparadas com outras escolas dentro da instituição minhota ou com o panorama nacional.
Ainda acerca do assunto, Paulo Cruz afirma que já viu “algumas coisas escritas que não correspondem à verdade” mas concorda que há sempre “margem para melhorar”. Em causa estão declarações de que a galeria do edifício não pode ser usada em pleno, bem como, o facto de não existirem condições de ventilação. É referido também o facto de não haver um espaço de lazer na cobertura do imóvel, que se encontra desocupada.
De acordo com o presidente, estas afirmações não correspondem à verdade, uma vez que, em relação à galeria, esta “encontra-se em pleno uso”. Quanto ao espaço de lazer, o presidente garante ser “um espaço de cobertura de terraço não acessível e apenas para acesso às instalações técnicas”, não sendo “seguro” o seu uso para tal fim.
Além disso, relativamente à alegada falta de água nas salas de artes visuais, Paulo Cruz reitera que na escola também existem “muitas salas que não contam com bancas”, tal como acontece na Garagem Avenida. No entanto, garante estar prevista a substituição de algumas das bancas do edifício por modelos de maior dimensão.
Da mesma forma, a presidente da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas, Isabel Ermida, garante não ter tido conhecimento prévio quer da manifestação quer das queixas levadas a cabo. No que toca à falta de internet móvel no edifício do Teatro Jordão, a responsável informa que é um processo que está a ser tratado em conformidade com a reitoria.
Uma vez que partilham a sala de ensaios com a Escola de Música do Conservatório de Guimarães, os estudantes de teatro declaram ter falta de privacidade. Para Isabel Ermida esta problemática é de “fácil solução”.