O reconhecimento oficial da situação visa minimizar o impacto negativo na atividade agrícola e no rendimento dos agricultores.
O Governo constatou que Portugal continental está a passar por uma situação de seca severa e extrema agro-meteorológica, com consequências negativas sobretudo no setor agrícola. A conclusão ocorreu na última segunda-feira, dia 27 de junho, através de um despacho publicado em Diário da República, da ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes.
No despacho, é evidenciado que a atual seca hidrológica “consubstancia um fenómeno climático adverso, com repercussões negativas na atividade agrícola”. Lê-se também que, após uma ligeira melhoria nos meses de março e abril, a seca no continente “voltou a apresentar um agravamento significativo nos meses de maio e junho de 2022 com consequentes impactos negativos na atividade agrícola”.
Em maio, Portugal continental tinha 97,1% do território no nível de seca severa e 1,4% no nível de seca extrema. “Esta situação sofreu um agravamento na primeira quinzena de junho com a totalidade do território continental em situação de seca severa ou extrema”, confere o documento.
Além disso, a 15 de junho o ano hidrológico 2021/22 exibia um défice de precipitação acumulada de 408 milímetros inferior ao valor normal, segundo o despacho. Do mesmo modo, refere a descida do volume de água armazenada em grande parte das bacias hidrográficas.