Equipa de Barcelos efetuou mudanças em toda a linha, inclusive na equipa técnica.
Após uma temporada 2021/22 historicamente bem-sucedida, as expetativas são elevadas para acompanhar a nova versão do Gil Vicente FC, agora orientado por Ivo Vieira. No entanto, a estrutura gilista não entra em euforias. Francisca Dias da Silva, presidente dos minhotos, garante que a preparação da nova temporada não tem levado em conta “ilusões sobre uma possível luta pelo terceiro ou quarto lugar”.
Quanto ao novo técnico, este afirma querer realizar “uma época equilibrada” e garantiu que “o principal desejo é cimentar o clube na Primeira Liga e conseguir a promoção de atletas”. Por ambas declarações se conclui que os barcelenses têm os pés bem assentes no chão no que toca à atual ou a possíveis futuras presenças em provas europeias, e que o objetivo passa por manter o crescimento sustentável de um clube que pretende ser presença constante na Primeira Divisão.
Todavia, embora se coloque de parte uma candidatura europeia por parte da Direção dos galos, não é de prever que estes tenham uma temporada de grandes aflições. Desde que subiu ao principal escalão do futebol nacional em 2019, o Gil Vicente FC terminou, respetivamente, no décimo, décimo primeiro e quinto lugar, ou seja, nunca correu verdadeiro risco de acabar despromovido. Além disso, ao longo do trajeto, a estrutura minhota mostrou sempre ter capacidade em cobrir as lacunas provocadas pelo mercado de transferências (algo que se tem verificado esta temporada com as saídas de jogadores capitais como Pedrinho ou Samuel Lino). Olhe-se, por exemplo, para a posição de ponta de lança. Sandro Lima teve sucesso, saiu, veio Pedro Marques. Pedro Marques teve sucesso, saiu e veio Fran Navarro que ainda mais sucesso teve.
Olhando precisamente de forma mais detalhada para o plantel dos galos, para além das já relatadas saídas de Pedrinho para o MKE Ankaragücü por valor desconhecido e de Samuel Lino para o Atlético Madrid a troco de 6,5 milhões de euros, abandonaram o clube barcelense mais três jogadores. Tratam-se de Talocha (SC Farense), lateral esquerdo titular ao longo da passada temporada; João Afonso (CS Marítimo), jogador que quando chegou, em 2019, era primeira escolha, mas que foi consecutivamente perdendo espaço; e Antoine Leautey (Amiens SC), extremo que assumiu a titularidade após a lesão de Murilo. Segundo dados do Transfermarkt, estes três últimos atletas deixaram o Estádio Cidade de Barcelos a custo zero. Acresce ainda a saída de Zé Carlos, por ter findado o período de empréstimo.
No que a entradas concerne, o Gil Vicente FC tem-se reforçado em grande número. O primeiro anúncio foi o do avançado Ali Alipour, que chegou a custo zero do CS Marítimo. Seguiu-se o regresso do guarda-redes Stanislav Kritsyuk (ex-Zenit) e as contratações de Danilo Veiga (ex-Felgueiras) e Lucas Barros (ex-SC Covilhã) para a defesa, e de Pedro Tiba (ex-Lech Poznan) para o meio-campo. Já para o último terço os gilistas fizeram chegar os extremos Juan Boselli (ex-CD Tondela) e Kevin Villodres, por empréstimo do Málaga CF. Mais recentemente, o emblema nortenho confirmou ainda os empréstimos do defesa central Tomás Araújo e do lateral direito Carraça, cedidos por SL Benfica e FC Porto respetivamente.
A nova versão do Gil Vicente FC entra em campo de forma oficial já no dia 4 de agosto, quarta-feira, para disputar a 3ª pré-eliminatória de acesso à UEFA Conference League. Os gilistas ainda conhecem o seu adversário definitivo, sabendo apenas que vai ser o vencer do embate entre Riga (Letónia) e Ružomberok (Eslováquia). Já na Liga Bwin, a estreia dos comandados de Ivo Vieira está agendada para dia 8, segunda-feira, numa receção ao FC Paços de Ferreira pelas 19h.
Recorde ainda: Gil Vicente FC: a época 2021/22 em três jogos