Nesta segunda-feira, sei mais o que é “ser ComUM” do que sabia há um ano atrás. Sei que o jornal é o tempo que investimos nele, é o trabalho que realizamos, são os planos que criamos e o respeito que temos uns pelos outros. Sei que o ComUM é, sobretudo, aquilo que nós queremos que ele seja. E, quando me refiro a nós, às pessoas, não me refiro apenas à direção deste ano, mas a todas as direções.
Quando olhamos para o ComUM, podemos ver o trabalho que vai sendo feito: os artigos, as críticas, as coberturas de eventos, as entrevistas e os encontros. No entanto, se quisermos espreitar e ver o backstage, encontramos organização, exigência, autonomia, liderança e bom jornalismo. Mas, se quisermos perceber onde se encontra verdadeiramente a essência do jornal, temos de olhar para cada pessoa que ajudou e ajuda este órgão de comunicação a viver. O ComUM é o reflexo das pessoas que passam pelo jornal. O ComUM é o que os redatores, editores e colaboradores querem que o jornal seja. O ComUM é o que fazemos dele.
Todas os anos, arregaçamos as mangas, tornamos o ComUM num jornal-família, alimentamos este amor que temos ao jornalismo e crescemos. Temos horários, temos uma programação, uma agenda, reuniões mensais, fazemos revisões diárias dos conteúdos, ponderamos sobre a atualidade, escolhemos, publicamos, lemos, relemos e escrevemos. Fora a gestão das equipas, preocupamo-nos com a imagem e o alcance das nossas publicações e depositamos tempo em perceber como estamos e como podemos evoluir.
Este ano, fizemos, desfizemos e refizemos vários projetos, e reafirmamos a missão deste órgão de comunicação. Todos os planos, todos os objetivos traçados e todos os trabalhos publicados existem, porque existimos nós. Nós, a direção, os editores, os redatores, os colaboradores e os conselheiros, contribuímos e fizemos o ComUM ser mais, tal como aqueles que nos precederam. Deste modo, é a nós, a vós e a todos os que fizeram deste jornal uma casa, que deixo um especial obrigada. Sem ti e sem o caminho que temos vindo a traçar, não poderíamos ser o melhor jornal académico do país.
Agora, com uma nova equipa, será a vez da Joana Oliveira “liderar as tropas” nesta contínua caminhada. Devo dizer que é um passeio ligeiramente turbulento, com alguns altos e baixos, mas que é recheado de orgulhos, de momentos felizes e de muita admiração. Acrescento ainda que todos os momentos são efêmeros e que o caminho se faz muito rapidamente, por isso, olhem à vossa volta, vejam o que estão a desenvolver e não se esqueçam de aproveitar aquilo que o ComUM vos deixa ser.
Em jeito de despedida, espero que a vontade de fazer mais não cesse. Espero que não se limitem ao patamar do desejo e que lutem para pôr em prática o que ambicionam. Espero que sejam fiéis às vossas raízes, mas sem temerem as mudanças. Por fim, peço-vos que queiram ser ComUM e que o tornem no vosso melhor.