Fazer parte do ComUM é muito mais do que o simples ato de escrever artigos e dar a atualidade. Apercebi-me disso logo no primeiro ano em que integrei este projeto. É algo que se constrói, em conjunto e em contínuo. É ter a possibilidade de errar e aprender com isso. É a procura, mas também a descoberta.

Encontro alguma dificuldade em descrever o sentimento que se impõe quando uma entrevista corre bem ou quando se publica um artigo com qualidade. É mais do que gratificante, é viciante. É uma energia que nos impulsiona a querer mais. Debater novas ideias e pensar um pouco mais longe. E a melhor parte é que não existe a pressão habitual do mercado de trabalho. Não há chefias controladoras que asfixiam a criatividade dos seus redatores, apenas a partilha de ideias entre colegas e a procura de possíveis soluções.

É esta a beleza de fazer parte de um jornal académico. Mais do que trabalhos e testes, temos a oportunidade de pôr diariamente em prática o que estudamos. Sair de casa com o gravador e o caderno para depois voltar e imergir na intensa tarefa de cozer as melhores citações. É também percorrer os espetáculos com uma câmara fotográfica na mão ou cobrir um jogo de basquetebol. Dar o nosso melhor, mas sempre com a ressalva de que vai haver outra oportunidade caso o trabalho não fique como desejamos. É tentar, errar e procurar em conjunto caminhos diferentes.

Os últimos tempos ensinaram-nos que é ingénuo tomar seja o que for como garantido. Quando a serenidade parece estar finalmente a chegar, um novo furacão ressurge. Depois de uma pandemia, somos assolados com uma guerra que decorre em permanência nos ecrãs. Por isso, perante a incerteza do futuro, resta apenas a vontade de fazer o nosso melhor todos os dias e aproveitar o curto tempo em que estamos no ComUM. Tenho a certeza de que este próximo ano vai passar a uma velocidade estonteante. Mas não seria de esperar outra coisa. O tempo não hesita quando fazemos algo que nos inspira.

É com este espírito que começamos mais um capítulo na história do ComUM. Com uma ânsia de trabalhar renovada. Neste próximo ano, queremos fazer o que ainda não foi feito. A expressão não é minha, mas descreve perfeitamente a motivação desta equipa. Move-nos o desafio de agregar esta casa e escola que é o ComUM. Queremos inovar, sem perder a essência. Fazer mais, sem perder a qualidade. Continuar a trabalhar, mas sempre em equipa.

Pensar diferente e ser ComUM. Sempre.