O evento visa a partilha de conhecimento e conta com convidados nacionais e internacionais.

Vai ter início, na próxima quarta-feira, dia 6 de julho, a Conferência Interdisciplinar que celebra os 650 Anos da Aliança Luso-Britânica, na Universidade do Minho (UMinho). O evento vai decorrer até o próximo sábado, dia 9 de julho, e vai contar com 50 personalidades e académicos a discursarem sobre o passado, o presente e o futuro da mais antiga aliança diplomática do mundo.

A cerimónia de abertura vai ter lugar no salão medieval da reitoria da UMinho, no centro de Braga. A presidente do Portugal-UK 650, Maria João Rodrigues de Araújo, vai marcar presença no evento, que considera ser uma iniciativa que visa “contribuir a prazo para uma sociedade mais segura, fraterna, conhecedora do seu património histórico-cultural e promotora da solidariedade internacional”.

No primeiro dia, o reitor da academia minhota, Rui Vieira de Castro, vai também intervir, juntamente com os presidentes dos municípios de Braga e Vizela, respetivamente Ricardo Rio e Victor Hugo Salgado, a presidente da Escola de Direito da Universidade do Minho (EDUM), Cristina Dias e a diretora do Centro de Investigação em Justiça e Governação (JusGov), Maria Miguel Carvalho. Está ainda prevista uma palestra do professor emérito da Universidade de Oxford (Reino Unido), Thomas Earle e uma atuação da Orquestra da UMinho.

A conferência vai se centrar nos dias 7 a 9 no auditório nobre da EDUM, no campus de Gualtar, em Braga. O programa é constituído por oradores de dez universidades nacionais. Sendo elas, a Autónoma, a Católica, a de Coimbra, a de Évora, a de Lisboa, a Lusófona do Porto, a do Minho, a Nova de Lisboa, a Portucalense e a do Porto. A nível internacional, vão constar as universidades de Oxford, Warwick, Cardiff, Nottingham Trent, no Reino Unido, Alabama, nos EUA, e San Pablo CEU, em Espanha.

Nestes dias vão se juntar às celebrações o presidente da câmara de Comércio Luso-Britânica, Jorge de Abreu, o antigo embaixador em Havana, Maputo e Moscovo, Mário Godinho Matos, o membro mais jovem da Academia Portuguesa da História, Eurico Gomes Dias, e Sean Cunningham, diretor de Registos Medievais nos Arquivos Nacionais britânicos. A música vai regressar na quinta-feira, dia 7, com o Coro do Queen’s College de Oxford.

A sessão de encerramento, no dia 9, vai ficar marcada pelos discursos do embaixador do Reino Unido, Cristopher Sainty, do reitor da UMinho, do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, e da representante da organização do evento e do JusGov, Alexandra Rodrigues de Araújo. O momento vai contar também com a atuação da Banda do Exército e uma palestra do tenente-coronel Carlos Filipe Afonso.

A efeméride remete para 10 de julho de 1372, quando foi assinado um tratado em Tagilde (Vizela) pelo rei D. Fernando de Portugal e pelos delegados de João de Gante, duque de Lencastre e filho do rei Eduardo III de Inglaterra. O acordo conduziu a que em 16 de junho de 1373 fosse assinado o Tratado de Paz, Amizade e Aliança, na Catedral de São Paulo, em Londres, por Eduardo III e D. Fernando, ladeado por D. Leonor, e que seria reforçado pelo Tratado de Windsor a 9 de maio de 1386. A aliança assim estabelecida superou desafiantes contingências históricas, como duas Guerras Mundiais, a ascensão e queda de impérios, revoluções e descolonização, multilateralização das relações internacionais, integração europeia e o fim da Guerra Fria.