Procuram melhores condições de vida, segurança e oportunidades, mas deparam-se com algumas dificuldades.
Desde fevereiro, por mês, cerca de 80 famílias brasileiras atravessam o Atlântico para serem acolhidas, em Portugal, pela Associação Sociocultural Luso-brasileira de Apoio à Integração em Portugal (UAI). À procura de uma melhor qualidade de vida, maior segurança e um maior número de oportunidades, acabam por se deparar com algumas dificuldades no país lusitano.
De acordo com Alexandra Gomide, presidente da Associação UAI, as maiores dificuldades dos imigrantes brasileiros, já em Portugal, assentam na habitação, emprego e vagas em creches. A guerra que eclodiu em fevereiro no Leste da Europa veio contribuir para a diminuição do número de empreendedores.
Em declarações à RUM, a presidente afirmou que a UAI está a dar resposta às necessidades de emprego das famílias, encaminhando-as “para vagas em fábricas, em construção civil ou telemarketing”. Contudo, a situação torna-se mais complicada nas “profissões mais qualificadas, como médicos ou engenheiros”, explicou a responsável.
Quando questionada sobre a possibilidade da mudança da presidência brasileira diminuir o fluxo de saídas do país, contribuindo até para o retorno de alguns imigrantes, a presidente considera pouco provável. Justificou afirmando que grande parte dos imigrantes chegaram a Portugal antes de Jair Bolsonaro ocupar o cargo.