O evento traz a Guimarães a multiculturalidade do folk.
O Fest’In Folk Corredoura – O Mundo Dança em Guimarães arrancou esta terça-feira, e estende-se até dia 14 de agosto, na cidade berço. O festival, que visa promover a cultura tradicional do folclore, reúne grupos de vários países.
Em Conferência de Imprensa, na semana passada, o presidente do Grupo Folclórico da Corredoura, Henrique Macedo, afirmou que o programa deste ano é “diferente e vasto”. Nesse sentido, conta com a presença de grupos do Brasil, Equador, Eslovénia, França, Guiné-Bissau, Geórgia e Portugal.
Do alinhamento, o responsável destacou a exposição, de 9 a 11 de agosto, no GuimarãeShopping, “que mostrará os trajes dos grupos que estarão presentes no festival”. Além disso, salientou a atuação da orquestra dirigida pela maestrina Marisa Oliveira, do Conservatório de Guimarães, bem como a visita aos lares e os workshops que vão decorrer no centro da cidade.
Por sua vez, o vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, descreveu o evento como um “espaço de encontro, que promove a reciprocidade”. Traz para Guimarães “culturas de outros mundos, apresentando a cultura vimaranense” sem que seja esquecida a “captação de novas gerações”. O representante salientou também o festival enquanto “mais-valia cultural e turística” e fator de “internacionalização do território”.
Henrique Macedo anunciou a candidatura do Fest’In Folk Corredoura ao Concelho Internacional de Organizações de Festivais de Folclore (CIOFF), parceiro oficial da UNESCO. A ação pretende “promover a salvaguarda e difusão da cultura tradicional e do folclore”. Na eventualidade da proposta ser aceite, tal como espera, o presidente acredita tratar-se de um passo para “elevar o Fest’In Folk a um novo patamar consolidando-o como uma marca da cultura em Guimarães”. Paulo Lopes Silva vê na candidatura uma oportunidade para criar sinergias entre vários festivais, além de projetar a cidade vimaranense a nível internacional.
O presidente da Junta de Freguesia de S. Torcato, Alberto Martins, elogiou a capacidade do grupo organizador de reativar o festival, depois da interrupção dos últimos dois anos. “Não é fácil reerguer um evento deste calibre”, sublinhou. Na sua perspetiva, é mais do que apenas um festival de folclore, “é o celebrar do mundo e da cultura, e motivo de enorme orgulho”.