A porta está aberta para descobrir os segredos de uma das cidades mais antigas do país.
No verão, a cultura e o calor andam de mãos dadas. O ComUM apresenta-lhe um conjunto de infraestruturas culturais para visitar na cidade de Braga e aproveitar os dias quentes da melhor forma. A cidade tem muita História para contar, sendo conhecida pelas igrejas, conventos e mosteiros. Além disso, são conservados na cidade os traços antigos da arquitetura, inspirados em duas correntes artísticas: o rococó e o barroco explorados por André Soares, o arquiteto bracarense, nascido em 1720, responsável por enriquecer culturalmente Braga.
Arco da Porta Nova
O Arco da Nova abre-nos a porta para uma viagem pela cidade de Braga e não a fecha. É um dos locais mais conhecidos em Braga e não dispensa uma visita. Este arco constituía a “porta da cidade”, quando esta era envolvida por uma muralha.
No século XVI, quando não existia perigo de invasão, foi mandada abrir. A expressão “é de Braga?”, dita quando uma porta fica aberta, surge precisamente deste arco, porque os bracarenses nunca mais fecharam a porta.
Diário de Minho
Theatro Circo
O programa de visita à cidade começa numa das principais salas de espetáculos da cidade minhota, considerado um dos maiores teatros do país aquando da sua construção. A arquitetura do edifício impressiona muitos dos que visitam a cidade.
O teatro, inaugurado em 1915, foi construído num espaço que era anteriormente ocupado pelo Convento dos Remédios. A sua construção deve-se ao facto de que a cidade de Braga tinha, na altura, apenas um teatro e sentia-se necessidade de uma nova construção para fazer face aos desenvolvimentos culturais.
O responsável pelo projeto do Theatro Circo foi o arquiteto Moura Coutinho, que se inspirou no estilo italiano. O edifício foi restaurado e requalificado com respeito pela arquitetura para que hoje possa ser visitado.
A programação da sala de espetáculos é bastante regular e abarca vários estilos de arte. Além disso, pode ser visitado de segunda a sexta das 10h00 às 19h00 e aos sábados das 14h30 às 19h00.
Theatro Circo
Sé de Braga
A cidade de Braga é conhecida pelas suas igrejas e mosteiros. A Sé de Braga, também classificada como Catedral de Santa Maria de Braga, é um espaço cultural muito importante na cidade e no país, por ter sido a primeira catedral portuguesa.
A Sé começou a ser construída no século XI e foi sagrada e dedicada à Virgem Maria e nela conservam-se elementos arquitetónicos muito diversos. Os estilos românico, gótico e barroco conjugam-se nesta construção religiosa. São símbolos de várias épocas da História de Braga.
Para além da catedral, também pode ser visitado o Tesouro-Museu da Sé de Braga. Com peças de arte sacra com grande valor para a cidade, é um espaço com grande valor cultural. Neste museu está exposta a cruz da primeira missa celebrada no Brasil.
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Jardim de Santa Bárbara
O Jardim de Santa Bárbara está localizado num ponto central da cidade minhota. É um lugar que interrompe as construções tipicamente citadinas, acompanhado de um edifício, o Paço Medieval de Braga, contruído no final da Idade Média.
A fonte que se encontra no centro do jardim representa a Santa Bárbara. A lenda conta-nos que Santa Bárbara foi castigada pelo pai por renunciar a religião Cristã, tendo sido torturada numa tentativa de reconversão, até ser decapitada pelo pai.
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Bom Jesus do Monte
O Bom Jesus do Monte é o maior sacro-monte construído na Europa, que conjuga a arquitetura religiosa, barroca, rococó e neoclássica. Esta passou a ser umas das rotas religiosas mais frequentadas em procura de penitencia, purificação, mas também como tradição, lazer e repouso.
O santuário viu as primeiras manifestações no século XIV, com a edificação de uma Cruz e de uma pequena ermida dedicada à Santa Cruz. Hoje, a colina conta com grandes construções. Não apenas a igreja, mas também toda a área verde que o envolve, o Parque do Bom Jesus.
O acesso à igreja pode ser feito pelos escadórios que o caraterizam ou de elevador. A subida garante uma vista muito bonita para toda a cidade de Braga e o pôr do sol é um dos momentos mais especiais no santuário em que é possível ver a mudança da luz da cidade, até anoitecer.
Os escadórios são conhecidos como Escadórios dos Cinco Sentidos. São compostos por cinco lances de escadas intervalados por patamares com fontes alegóricas aos cinco sentidos.
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Palácio do Raio
O Palácio do Raio foi uma das muitas obras da responsabilidade de André Soares presentes em Braga. O palácio, atualmente transformado em museu, foi mandado construir por João Duarte Faria e mais tarde comprado por Miguel José Raio, que lhe dá o nome.
Inicialmente, o palácio não era como o conhecemos. Os azulejos na fachada, que tornam o edifício especial e com um toque muito característico, foram decisão de Miguel José Raio, depois da sua construção.
O museu que sucedeu ao Palácio do Raio mantém viva a decoração da época, permitindo que os visitantes possam ver o interior do edifício, caraterístico de classe alta, como idealizou André Soares. Além disso, conjuga exposições sobre os primórdios da medicina e também sobre os arquitetos que deram vida a esta construção.
Município de Braga
Museu Nogueira da Silva
No centro da cidade está localizado o Museu Nogueira da Silva. O museu fundado em 1975 tem em exposição permanente uma coleção de porcelana, peças de mobiliário, pintura, prata, marfim e algumas tapeçarias e azulejos dignos de visita.
O museu foi fundado em 1975 a favor da Universidade do Minho por António Augusto Nogueira da Silva, bracarense distinguido pelo Estado e pela Igreja. A Galeria da Universidade do Minho é um grande complemento ao Museu e onde se realizam exposições temporárias de arte, conferências, concertos e se conservam fotografias.
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Museu dos Biscainhos
Construído nos séculos XVII e XVIII, com arquitetura barroca, o Museu dos Biscainhos faz parte da cultura bracarense. O museu proporciona um percurso pelos séculos XVII e XIX numa Casa Senhorial, tocando em temas como as tradições, as emoções, a arte, o pensamento, os gostos e a vida da sociedade portuguesa da época.
O museu pretende promover o conhecimento do património não só de Braga, mas de todo o país no Antigo Regime. Dinamizar atividades culturais, mediar a informação é o grande foco deste local.
Gabriel Ribeiro/ComUM
