Depois de dois anos de pandemia, a Associação Académica da Universidade do Minho voltou a organizar a iniciativa que atrai milhares de alunos.
Decorreu na passada quarta-feira, dia 21 de setembro, a atividade do Caloiro de Molho, organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho). O evento foi retomado depois de uma paragem forçada de dois anos, devido ao estado de saúde global.
Em entrevista à Rádio Universitária do Minho (RUM), o presidente da AAUMinho, Duarte Lopes, referiu que a “adesão foi positiva” e que mostra o interesse dos alunos neste evento. Carolina Braga, aluna do primeiro ano de Ciências da Comunicação, falou de “uma experiência única” e divertida.
João Vilas Boas, um novo aluno da licenciatura de Geografia e Planeamento, considera que este evento “é mais uma forma de integração”, elogiando as iniciativas da AAUMinho. Francisco Maria Silva, aluno deslocado do distrito de Vila Real, do curso de Biologia Aplicada, realçou que “foi uma experiência fantástica” e enalteceu o trabalho de inclusão e acolhimento da Associação Académica.
Pedro Freitas, estudante do terceiro ano de Engenharia e Gestão Industrial, não teve a mesma sorte que os caloiros deste ano. Devido à pandemia não experienciou esta iniciativa no primeiro ano na academia. Este ano o aluno realça que “adorou a experiência”.
A todos os entrevistados foi feita a mesma questão: “O que não quer deixar de molho?”. A aluna de Ciências da Comunicação assegurou que “não quer deixar de molho os testes e os exames”. Duarte Lopes, por sua vez referiu um assunto mais sério: os problemas do alojamento. “Há estudantes que terminam o percurso académico e não têm condições para sair de casa, porque não têm dinheiro para se emancipar e bloqueiam ainda mais os quartos”, referiu o presidente.
Para o representante máximo dos alunos, a pandemia também “obrigou os senhorios a procurar outros mercados”, ou seja, ficaram menos casas disponíveis agora no início de ano letivo. Duarte Lopes garantiu que a AAUMinho vai continuar a acompanhar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de modo a “garantir que soluções se concretizem”.
Para concluir, o dirigente estudantil destacou a “participação abrangente” nesta edição. Para Duarte Lopes é uma “obrigação da AAUMinho que os estudantes se sintam integrados”. O presidente também acabou por enaltecer o sucesso do acolhimento aos alunos estrangeiros.