O dia 29 de julho marca o regresso do boy group sul-coreano ATEEZ à cena musical, com THE WORLD EP.1: MOVEMENT.  Os génios da performance (como são apelidados frequentemente), voltaram a superar todas as expectativas e angariaram novos fãs com o seu estilo destemido e inovador.

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O nono EP do boy-group conta com o total de sete faixas, cada uma ligada ao conceito obscuro e distópico de uma forma surpreendente. A incrível intro “PROPAGANDA” inicia o projeto com tudo que o próprio título faz imaginar. O som forte e os efeitos de eco nas vozes conseguem transportar o ouvinte para uma realidade paralela no contexto de uma “Guerilla”.

De seguida, “Sector 1”, é uma das faixas mais aclamadas a marcar presença no mini-álbum. A popularidade desta incrível música deve-se à ótima mistura de géneros no instrumental, onde se encontram fluidos géneros como o Rock e EDM. Mas também à forma poderosa como as vozes dos membros são utilizadas, quase como verdadeiros gritos de guerra.

Além de “Sector 1”, também “Cyberpunk” conquistou várias críticas positivas. Apesar de haverem grandes diferenças, é possível ver a relação deste título com “Take Me Home”( 2021), música adorada por muitos de um projeto anterior do grupo. Por outro lado, “Cyberpunk” tem um ritmo mais frenético e energético. , puxando as raízes dance do grupo. Mas remetendo para os anos 80, estilo que já tinham provado concretizar na perfeição.

A title-track “Guerrilla” surge apenas em quarto lugar, trazendo consigo o verdadeiro espírito de uma guerra sonora. Nesta faixa o holofote encontra-se, sem margem para dúvidas, no vocalista principal Jongho, com especial destaque para a capacidade vocal excecional do mesmo. O instrumental é também ele uma agradável surpresa, apesar da confusão de instrumentos e vozes, algo com influências claras do rock e metal.

Já “The Ring” parece evocar o espírito de uma luta de boxe, conceito tão adorado pelo grupo. A letra forte, com menções de busca pelo poder e necessidade de trabalho em equipa, é capaz de fazer qualquer um dançar. Este título é um ótimo elo de ligação às duas últimas faixas do conjunto: “WDIG (Where Do I Go)” e “New World”.

“WDIG (Where Do I Go)” é uma música EDM especialmente agradável aos fãs desse género. Esta, tal como “New World”, que encerra o leque musical, são parecidas pelo mesmo ritmo acelerado – característico das músicas EDM upbeat. As semelhanças nas duas últimas faixas conferem uma certa monotonia ao ouvinte, apesar da agitação promovida pelos títulos EDM/Dance.

Em suma, ATEEZ não voltou à cena do K-POP com as mãos a abanar. Ainda que presos a uma nova imagem mais forte e arrojada, a inovação e ousadia do grupo jogaram mais uma vez a seu favor neste projeto excecional. A distopia apresentada é de despertar uma grande curiosidade, deixando nos  mais curiosos a desejar por mais.