As questões da identidade de género, famílias não-nucleares, reprodução queer, a intimidade e a saúde mental vão ter espaço de fala.
No dia 27 de outubro, Pedro Neves Marques exibe o seu projeto “Crepúsculos, de Vampires in Space”. O projeto é dirigido a todos os públicos e vai ser apresentado no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG).
O evento, comissariado por Filipa Ramos, apresenta uma grande variedade de áreas desde musical, poética, literária ou ecológica. “Crepúsculos” é descrito como uma série de manifestações crepusculares “situadas entre a noite e o dia, o humano e o animal, o sónico e o visual, o local e o global que celebram a diversidade de formas de hibridização coletiva”.
“Crepúsculo sonâmbulo” vai estrear o evento, das 14h30 às 17h, e inclui conversas entre o representante do pavilhão, Pedro Neves Marques e a curadora, Filipa Ramos. Segue-se a apresentação de dois filmes Nosferasta, de Adam Khalil e Bayley Sweitzer e Oba e A Mordida, de Pedro Neves Marques.
O dia promete trazer momentos inspiradores com “Crepúsculo Opúsculo”, entre as 17h30 e as 18h30, e oferece uma sessão de leitura coletiva de poesia com Ellen Lima, André Romão e Pedro Neves Marques. A poesia pretende refletir e explorar as diferentes questões de identidade e de expressão afetiva.
A noite proporciona momentos musicais na secção do “Crepúsculo Tentáculo”, das 19h às 20h com uma sessão de escuta musical com a performer e produtora Odete. A artista desenvolveu um projeto de performance visual e auditiva que tem apresentado em diferentes pontos do país.
O projeto termina com “Crepúsculo Vernáculo”, com uma “excursão-conversa-sessão bioacústica” que desenvolve as áreas de biologia e ecologia dos morcegos na cidade de Guimarães. Esta atividade é conduzida pelo biólogo e conversador Paulo Barros que integra equipa do Laboratório de Ecologia Aplicada (LEA).
Pedro Neves Marques partilhou o seu objeto de representação na exibição, “recorre à figura e expetativas do que consideramos ser um “vampiro””. O autor faz esta escolha com o objetivo de abordar questões de “identidade de género, famílias não-nucleares, reprodução queer, e também o papel da intimidade e da saúde mental nos dias de hoje”.
O projeto ganhou vida na experiência não binária do próprio artista. O projeto traz á luz a a criatividade do autor ao desenvolver diferentes narrativas que prometem entregar críticas a conceitos de preconceito social. Os vampiros acabam por ser a representação do Homem e propõe uma atividade pessoal de reflexão e questionamento.
A exposição pode ser visitada no CIAJG de terça a sábado das 10h às 17h e ao sábado e domingo das 11h às 18h.