Cerca de 76 mil estudantes aguardam resposta.
De acordo com as estatísticas divulgadas pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), os pedidos de bolsa de estudo bateram o recorde no início deste ano letivo e são o número mais alto de sempre. Este aumento pode ser explicado pelas mudanças ocorridas no regulamento das bolsas, que facilitam o acesso aos candidatos que já usufruíam do apoio no ensino secundário.
Conforme a nota divulgada no site da DGES, o número de candidatos ao ensino superior aumentou 16% face ao ano anterior, número que representa o maior registo de sempre. O presidente da Federação Académica de Lisboa, João Machado, considera que este aumento “era expectável, pois é reflexo das mudanças nas regras” aprovadas este verão. A par dessa medida, os candidatos cujas famílias tenham um rendimento per capita até 736 euros mensais brutos, têm acesso a este apoio por parte do Estado, que cresceu para 78 euros.
À semelhança do ano anterior, os resultados das submissões são conhecidos durante o mês de outubro, onde será confirmado o número exato de candidatos. No entanto, é provável que estes números continuem a subir, uma vez que ainda podem ser submetidos pedidos. No ano letivo de 2021/2022, 80 mil dos 103,371 candidatos puderam receber este apoio, sendo que o número de pedidos tinha sido superior a 70 mil. Espera-se que no presente ano letivo, mais 4 mil estudantes tenham acesso à bolsa de ação social.
A presidente da Federação Académica do Porto, Ana Cabilhas, diz que há cada vez mais alunos a ter de “partilhar o mesmo quarto”, à espera que “possam encontrar um alojamento comportável”. Neste sentido, vários estudantes solicitaram ao Governo um alargamento do complemento para o alojamento, fruto da crescente inflação visível no preço das habitações.