A música eletrónica e a arte digital juntam-se novamente e espalham-se pela cidade bracarense.

O Theatro Circo e o gnration foram os locais escolhidos para o segundo dia do Semibreve, que decorre de 27 a 30 de outubro. Em Braga, os amantes de música eletrónica e arte digital conseguiram assistir a inúmeras novidades que a 12° edição do festival reservou para a cidade de Braga.

O primeiro a subir ao palco do emblemático Theatro Circo foi o KMRU que trouxe os seus mais recentes trabalhos marcados pela sonoridade oscilante e harmoniosa. Desta forma, durante a atuação o público permaneceu atento aos novos sons que o artista produziu através de ondas sonoras sincronizadas e hipnotizantes.

Seguidamente, foi a vez da dupla François J.Bonnet & Stephen O’Malley se apresentarem aos espectadores e mostrarem o novo trabalho, Cylene (2019), editado antes dos  efeitos da pandemia fazerem parte do nosso tempo. Ao longo da atuação, o público assistiu aos golpes elétricos de O’Malley e ficou imóvel perante as esculturas sonoras esculpidas com superprecisão por Bonnet. Nesta perspetiva, a plateia conseguiu visualizar o rigor com que os dois artistas trabalhavam nos sons e sentir o poder de diferentes vibrações.

Esta edição também deu palco ao artista português David Maranha, que encerrou as atuações do dia 28 de outubro no Theatro Circo. Este artista com ajuda de um órgão foi criando sons e sobrepondo-os de modo a criar um conjunto de composições muito distintas e cativantes. Num ponto de vista mais estético, a atuação de David Maranha tingiu o palco em subtis jogos de luz, de forma a tornar o seu trabalho mais dramático e a reforçar a audição do público.

As restantes atuações aconteceram no gnration. Os artistas Gábár Lázár, Jana Rush e Bleid continuaram a transformar e a partilhar diferentes sonoridades que foram conquistando todos aqueles que acompanharam de perto o segundo dia do festival Semibreve.