O filme norte-americano O Corpo de Jennifer estreou a 18 de setembro de 2009. A comédia de terror tem por base a história de duas melhores amigas, que, embora conseguia despertar a atenção do espectador, deixa muito em aberto.

Todo o enredo gira à volta de duas melhores amigas: Jennifer Check, “cheerleader”, popular e o centro de todas as atenções na sua escola, e a Anita “Needy” Lesnicki, a típica “nerd”. Ainda que sejam opostos, Jennifer mantém uma relação de extrema proximidade com a melhor amiga. É em várias ocasiões que Needy tem visões ou premonições de que algo não está certo com Check, mas esta faz parecer estar sempre tudo bem. Assim sendo, só mais tarde é revelado a Needy que Jennifer está possuída, resultado de um ritual em que a jovem fora sacrificada em troca de fama para uma banda.

Toda a longa-metragem é uma série de altos e baixos, com maior destaque para a alta qualidade de atuação de Megan Fox no papel principal. O carácter forte e interesse da história da “cheerleader” deixa para segundo plano qualquer outro ator que pretende brilhar mais.

No que toca à qualidade do enredo este deixa muito a desejar em algumas partes. Desde diálogos pobres e mal formulados a um fim quase forçado após uma caracterização das personagens demasiado demorada. Acredito que estes pontos jogam muito contra o filme que, à partida, teria muito potencial para poder ser mais e melhor.

Quanto aos planos em “O Corpo de Jennifer” estes revelam-se pouco complexos. Alternando maioritariamente entre planos americanos, grandes planos e planos inteiros, é compreensível que a opção de Kusama, a realizadora do filme, é a mais adequada ao tipo de filme exposto.

Em suma, O Corpo de Jennifer é uma boa produção com planos interessantes e de boa qualidade. Ainda assim, é inevitável apontar as diversas falhas, nomeadamente a gestão e aproveitamento do tempo útil de filme e a linguagem utilizada nos diálogos.