Após o imediato sucesso do primeiro álbum da banda Arctic Monkeys, chega-nos em 2007 a continuação do que é uma capacidade enorme para captar o ouvinte com letras mais profundas e ritmo eletrizante. É neste disco apresentada uma indiscutível genialidade musical incapaz de passar despercebida.

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A capa do disco desde logo reflete muito bem a jovialidade dos artistas, transparecendo uma sensação mais divertida na sua escuridão alternativa. Com um sucesso imediato, as 12 faixas renderam 85 mil cópias no Reino Unido no seu primeiro dia de lançamento. Esta conquista faz parte da grande ascensão da banda que encantou desde a sua estreia, ganhando o prémio de álbum britânico do ano na 27ª edição dos BRIT Awards.

A bateria de Matt Helders ganha grande destaque de imediato com “Brianstorm”, música muito popular entre os fãs e em concertos, cheia de energia invejável. Estas participações do baterista, acompanhadas pelos instrumentos dos restantes membros da banda mantêm-se nas seguintes faixas e ganham um dos papéis principais naquilo que o disco é como um todo.

Por outro lado, “Do me a favor” traz dentro de si a combinação perfeita entre o rock e a melancolia de situações da vida e as suas relações entre pessoas. Inquieta mais do que nunca o ouvinte e representa uma das mais desejadas em concertos da banda que até hoje a preformam.  Já “Fluorescent Adolescent” traz a nostalgia daquilo que eram os tempos de escola e a euforia da novidade constante.

Um dos grandes hits da banda britânica é “505” que reúne todo o disco numa só música através da sua harmonia mais calma que evoluí gradualmente para um ritmo mais acelerado até chegar à queda final, cheia de energia. A letra da música acompanha lindamente as sensações passadas através da sua musicalidade, especialmente no seu “drop” final. É então finalizado um disco em beleza.

Parece incrível a capacidade de invasão do álbum e o sentimento de inquietude. A verdade é que o mesmo provoca uma pressa dentro do seu ouvinte no sentido em que o mesmo só quererá dançar e saltar desde o início, enquanto faixas mais calmas como “Only Ones who Know” promovem espaço para uma reflexão mais parada.

Alex Turner prova mais uma vez o seu talento para a escrita com a sua complexidade simples e capacidade para descrever o real de forma poética, em sintonia com os restantes membros da banda e os seus instrumentos. É de reforçar este dom do vocalista, admirado por muitos, com o seu jeito e estilo muito característicos. Favourite Worst Nightmare é até hoje o álbum favorito de muitos fãs e não é à toa. Impressiona aqueles que o escutam e é mesmo de impressionar o talento de artistas tão jovens para reunir uma qualidade musical tão eufórica. Trata-se de um álbum que nunca cansa nem deixa cansar.