A lista D candidata-se ao Conselho Fiscal e Jurisdicional com o mote Democratizar a Academia.

Decorre esta terça-feira, dia 6 de dezembro, as eleições para Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Daniela Amorim, estudante do 3º ano da licenciatura em Ciência Política, é candidata ao Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ). Ao ComUM, contou o que motivou a sua candidatura e o que pretende fazer de diferente.

ComUM – O que motivou a tua candidatura?

Daniela Amorim- Há muito tempo que estou inserida na Universidade do Minho e tenho acompanhado o que são as dificuldades dos estudantes e das estruturas, e como elas tem vindo a evoluir ao longo dos anos. Candidato-me no sentido em que acho que o Conselho Fiscal e Jurisdicional é um órgão que está muito apagado e que pode ter uma importância muito mais abrangente do que a que tem agora. Acho que tenho algo a oferecer a este órgão e a minha equipa tem ótimas ideias de modo a o conseguir ampliar.

ComUM – Quais são os objetivos da lista?

Daniela Amorim- Os nossos objetivos passam muito pela aproximação ao corpo estudantil, melhorar e fazer mais rigor ao que é a fiscalização da Associação Académica e fazer uma maior auscultação e participação do órgão e dos seus membros na vida académica. A lista é constituída por um conjunto de pessoas que também já estão inseridas quer em secções de legações quer em núcleos. Assim, tendo todos uma boa base sobre associativismo podemos contribuir imenso ao CFJ. A cooperação entre os três órgãos é também bastante necessária, acreditamos que através da junção e cooperação a participação também possa aumentar.

ComUM – Como pretendem implementar os vossos objetivos?

Daniela Amorim- Pretendemos fazê-lo através de uma série de medidas. Há um conjunto de valores digamos horizontais que todas as listas do CFJ se propõem em fazer. A transparência, o rigor, a seriedade e a autonomia. O que a nossa lista oferece de diferente são medidas que vêm acrescentar ao que já é esperado do órgão. Não nos propomos a fazer um trabalho apenas técnico, mas queremos evoluir para além disso. Temos, assim, medidas como aproximar os estudantes através de plataformas onde consigam dizer quais são as suas queixas e dificuldades. Queremos fazer pareceres mais extensivos e completos ao mesmo tempo que tenham uma visão mais simplificada de modo a conseguirmos ter um acesso maior à comunidade académica. Para além disso, algo que é fulcral, é disponibilizar esses pareceres à academia.

ComUM – O que consideras que tem falhado nos últimos anos no CFJ?

Daniela Amorim- O que tem falhado realmente é o órgão fazer meramente um trabalho técnico em vez de passar por uma fiscalização que vá para além disso. Através mesmo de uma auscultação próxima ao corpo estudantil e a partir dai impulsionar a Associação Académica.

ComUM – Qual consideras ser a razão para os estudantes não conhecerem tanto o CFJ?

Daniela Amorim- Não nos podemos esquecer que o trabalho do Conselho Fiscal é muito promovido pelo que acontece nas mesas das RGA. Assim, sem haver uma cooperação entre os três órgãos de modo a aumentar a participação é um esforço em vão pois só conseguimos realmente se houver esta união.

ComUM – O que difere a lista D das restantes?

Daniela Amorim- O que difere é que nós temos uma série de valores que convergem, mas para além disso temos outra série de propostas que a minha equipa está focada em trazer. Uma equipa extremamente capaz, que já fez parte de outros CFJ, e com experiência. Que se destaca exatamente por querer trazer algo mais e com uma maior força de vontade de ver isso a acontecer. Estamos extremamente focados em princípios em concreto e não nos basilares que já costumam ser cumpridos. A nossa lista está mais que preparada para o fazer.

ComUM – O que tens a dizer dos números de abstenção que tem sido os “vencedores” nos últimos anos?

Daniela Amorim- Isso é um trabalho que deveria ser feito ao longo do ano, que tem de ser construído e cultivado. Infelizmente, não é agora que vamos conseguir mudar o panorama, é difícil a abstenção ser reduzida num período temporal tão curto, mas o que esperamos é uma maior participação no sentido do voto.

ComUM – Tens alguma mensagem que gostarias de deixar aos estudantes?

Daniela Amorim- Que tentem conhecer as estruturas e conhecer o impacto que elas podem ter na sua vida estudantil. A partir daí a comunidade académica vai estar mais aberta ao que estes órgãos têm para oferecer e como podem melhorar a sua vida como estudantes e a sua participação associativa.