Apesar de recente, o projeto SolidariUM abre portas na Universidade do Minho com promessas de promoção de entreajuda e relações entre a comunidade estudantil.

O dia 5 de dezembro é marcado pela comemoração do Dia Internacional do Voluntariado e é celebrado anualmente pela ONU (Organização das Nações Unidas). Esta memoração foi criada de forma a marcar o esforço dos voluntários que, anualmente, ajudam os outros em prol da solidariedade e, simultaneamente, como uma forma de vivificar os diversos programas de voluntariado de forma a atrair novos membros.

Quando a época natalícia se aproxima, é de norma vermos florescer novos projetos que promovam os valores de entreajuda e sentido de comunidade. Foi assim que surgiu também o mais recente projeto de voluntariado na Universidade do Minho: o SolidariUM. O programa foi fundado no passado mês de novembro e é constituído por três núcleos: o CESIUM (Centro de Estudantes de Engenharia Informática da Universidade do Minho), o NEEEICUM (Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores da Universidade do Minho) e o NECCUM (Núcleo de Estudantes de Ciências da Computação da Universidade do Minho).

Desde a sua fundação, o SolidariUM já conta com a colaboração de mais 20 diferentes núcleos das mais variadas áreas. Em entrevista ao ComUM, Pedro Martins, presidente do NEEEICUM, e Hugo Freitas, Vice-Presidente Externo, falaram acerca do lançamento do seu projeto e expectativas futuras.

Segundo os estudantes da licenciatura em Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores, a ideia do SolidariUM surgiu após uma reunião com a Escola de Engenharia onde foram mencionadas atividades de solidariedade. “Tivemos a ideia de juntar vários núcleos, idealmente seriam todos, conseguimos cerca de 20” declarou Pedro Martins. Identificaram, ainda, que o seu principal objetivo com este movimento é “dar doações quer seja alimentar, de roupa, brinquedos em nome da Universidade do Minho”.

Os estudantes explicaram que o projeto teve respostas bastantes positivas e pedidos de alunos para fazerem parte deste movimento. No entanto, o presidente do NEEEICUM confessou que “pessoalmente, esperava mais um bocadinho (de aderência pela comunidade estudantil): as caixas foram colocadas a sexta-feira passada, temos algumas coisas aqui na Nave, mas não é nada de extraordinário”. Ainda assim, os estudantes confiam na evolução do programa. “Sendo este o ano zero deste projeto é normal que o começo seja um pouco mais difícil, mas esperamos crescer conforme as iniciativas e a adesão dos núcleos”, esclareceram.

Apesar da sua fundação coincidir com a época das festividades, os alunos garantem que “o objetivo é esta iniciativa se estender pelo ano todo”. Para a concretização contínua desta doação, o plano passa por entregar os bens às instituições com que colaboram, a Refood, quer com o núcleo de Guimarães como com o de Braga, e a Cruz Vermelha, mensalmente, ou, dependendo das angariações, de dois em dois meses.

Para além das doações de brinquedos, roupa e bens alimentares, o SolidariUM procura levar outros projetos avante. Entre eles há uma corrida solidária que, ao contrário do que seria previsto, por complicações, não pôde ser efetuada durante o mês de novembro, mas espera-se que no próximo semestre se venha a realizar. Para além disso, discutiram, durante a primeira reunião entre núcleos a hipótese de “nas jornadas de cada núcleo terem uma iniciativa relacionada ao SolidariUM”. Alguns núcleos vão, ainda, cobrar entre um a dois bens alimentares para que os estudantes possam participar nas atividades organizadas pelos mesmos, de forma a procurar aumentar o número de doações.