Portugal e Espanha são coanfitriões do MIRRI-ERIC, mas a sede fica em terras lusas

Na passada quarta-feira, a Universidade do Minho inaugurou a sede da infraestrutura de Investigação de Recursos Microbianos, tornando-se a primeira associação Europeia de Investigação com sede em Portugal. Esta estrutura reúne cerca de 50 Centros de Recursos Biológicos microbianos (“mBRCs”), coleções de culturas e institutos de investigação de dez países europeus.

O Microbial Resource Research Infrastructure – European Research Infrastructure Consortium (MIRRI-ERIC) é uma infraestrutura de Investigação distribuída pela Europa. A associação pretende conseguir a preservação, o estudo, o fornecimento e a valorização de recursos microbianos e da biodiversidade servindo a biociência e a bioindústria.

A cerimónia de inauguração deste centro de investigação contou com o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, do Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, da presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Madalena Alves, e de representantes dos países membros do MIRRI ERIC (Portugal, Espanha, Bélgica, França e Letónia) e da comunidade nacional que integram esta infraestrutura de investigação nacional.

Segundo Ricardo Rio, “esta é uma estrutura que reforça a visibilidade internacional da Universidade do Minho, de Braga e do país, numa área como a da investigação”. Reforçou ainda no seu discurso que “este é mais um sinal que a Universidade do Minho e Portugal lideram o caminho da investigação na Europa” e “é um orgulho ter uma infraestrutura desta natureza sediada em Braga”.

O MIRRI facilita o acesso das comunidades da biociência e da bioindústria, através de um único ponto, a mais ampla gama de microrganismos de alta qualidade e seus derivados, dados e serviços associados, com foco especial nos domínios da Saúde e Alimentação, Agroalimentar, e Ambiente e Energia. Ao servir os seus utilizadores, ao colaborar com outras infraestruturas de investigação e ao trabalhar com agências públicas e autoridades, o MIRRI contribui para o avanço da investigação e da inovação nas ciências da vida e biotecnologia, bem como para uma bioeconomia sustentável, competitiva e resiliente.

“Esta é uma infraestrutura que trabalha numa área essencial para a sociedade, num projeto que apresenta características únicas em termos de inovação e vai ao encontro do projeto europeu de transformação da sociedade a uma escala global”, referiu o autarca minhoto. Ainda acrescentou que é “um projeto onde os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão bem presentes e que tem um forte impacto no território ao atrair massa crítica para Braga”.

Portugal e Espanha são coanfitriões do MIRRI-ERIC, sendo Portugal a acolher a sede social. Os outros membros fundadores são a Bélgica, a França e a Letónia. Além disso, Grécia, Itália, Holanda e Polónia são potenciais membros, e a Roménia é um potencial Observador. Já, outros países e instituições estão a considerar a sua participação na estrutura