A candidatura da Lista C centra-se na "exigência".

As eleições para os órgãos de governo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) acontecem na próxima terça-feira, dia 6 de dezembro. Em entrevista ao ComUM, Pedro Antunes,  candidato ao Conselho Fiscal e Juridiscional, explicou os principais objetivos e ideias da sua lista.

ComUM – Quais são os objetivos da Lista C?

Pedro Antunes – Nós dividimos os objetivos em duas vertentes – a interna e a externa. Queremos ter reuniões periódicas tanto internas, como externas. Achamos necessário para fazer o acompanhamento do trabalho da direção que exista uma cooperação entre órgãos e uma boa comunicação interna. O CFJ é composto por nove elementos, eleitos por método de Hondt. Ou seja, os membros que serão eleitos nunca serão só uma lista e nós entendemos que devemos respeitar a decisão democrática dos estudantes e cooperar com todos os membros, mesmo que não sejam da nossa lista. Queremos também cumprir todas as atas e responsabilidades do CFJ e queremos estar presentes em todas as RGA.

Tencionamos redigir pareceres mais claros e detalhados, com um maior número de sugestões e conselhos. Sentimos que, no ano passado, houve uma grande melhoria em relação a anos anteriores. No entanto, podemos aumentar o grau de contextualização em questões como as atividades e orçamentos, que se calhar são um pouco simplificadas demais. Queremos fazer pontos de situação periódicos à comunidade para mostrar que o CFJ está realmente interessado na opinião dos estudantes.

ComUM – Como pretendem aproximar os estudantes ao CFJ?

Pedro Antunes – Sentimos que há uma falha de disponibilização dos documentos das RGA aos estudantes. Isto é uma coisa que o CFJ quer implementar neste mandato. Arranjar uma plataforma em que seja possível disponibilizar esses documentos à comunidade e aos estudantes, porque são estes que ajudam os estudantes a desenvolver o seu sentido crítico e a sentirem-se envolvidos. Todo o trabalho que queremos fazer em RGA de auscultação, mostrando disponibilidade e presença, será o essencial para que os estudantes se sintam envolvidos e aproximados.

Além disso, a página da AAUM tem informação muito vaga sobre o que é o CFJ, o que acaba por dificultar o envolvimento com os estudantes. Os estudantes só conseguem perceber o que é o CFJ a partir de 3 meios – a informação na página, os estatutos que o estudante comum não vai ler e o que é feito nas campanhas das listas quando concorrem. Queremos então criar um espaço específico para que o CFJ consiga partilhar a informação.

ComUM – Considera que tem falhado alguma coisa no trabalho do CFJ? Porquê?

Pedro Antunes – Notamos que, no ano passado, algo que falhou foi o facto de nem todos os membros do CFJ estarem presentes nas RGA. É importante que todos os membros estejam a par do que acontece nas reuniões.

Por outro lado, sentimos que há alguma confusão no que toca às datas de entrega, tanto do CFJ à Direção, como da Direção ao CFJ e do CFJ à comunidade. O que é suposto estar definido nos estatutos é algo que deve ajudar a manter um plano de trabalhos contínuo. Sentimos que, às vezes, essa contradição leva a que o trabalho seja um pouco subjetivo nessas entregas.

ComUM – O que significa o slogan “Centrado na Exigência”?

Pedro Antunes – O CFJ tem um trabalho de fiscalizar a direção da AAUM e todo esse trabalho deve ser transparente e imparcial, que tem na sua base a exigência. Não esquecer que estamos a falar da sustentabilidade económica e orçamental da associação académica. Por esta razão, realçamos também a responsabilidade intergeracional. Sabemos que tudo o que a AAUM decide hoje terá implicações para os estudantes futuros. Por isso é que tomamos essa exigência como princípio fundamental. O trabalho que é feito hoje deverá ser feito com exigência para não afetar negativamente nem os estudantes atuais nem os futuros.

ComUM – O que vos distingue?

Pedro Antunes – O que nos distingue é a experiência. Somos uma equipa muito plural. Somos nove membros de nove cursos, de três campi e que integram cinco escolas. Uma equipa que já fez parte de núcleos e órgãos. Eu próprio faço parte da direção da Associação Académica, por isso tenho oportunidade de construir também a minha parte do plano de atividades e de acompanhar todas as atividades desenvolvidas pela direção da AAUM. Sei quase tudo o que é feito ao longo do ano e acredito que essa experiência valoriza-nos.