Candidatura centra-se na promoção do contacto com os estudantes

As eleições para os órgãos de governo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) têm lugar na próxima terça-feira, dia 6 de dezembro. Sofia Lucas candidata-se à presidência da Mesa de Reunião Geral de Alunos pela Lista E e contou ao ComUM os principais objetivos para este mandato.

Quais são os objetivos propostos pela lista?

A minha lista propõe vários objetivos. Procuramos auscultar os estudantes e é esse o nosso maior interesse, promovendo o contacto com o estudante. Questioná-lo, por exemplo, se as RGA são marcadas numa hora em que se possa ir. Promover então esta adesão, promover também um local onde os estudantes se sintam confortáveis para colocar questões e falar. Ao fim ao cabo a mesa é um órgão de estrema importância que pretende representar os estudantes e ouvi-los e pode mudar a própria academia e ao fazer isto procuramos ser imparciais: um local onde haja empatia onde consigamos mostrar os dois lados. O nosso Slogan representa precisamente esses observar dos dois lados. Também temos interesse em criar representatividade e inclusividade aos estudantes porque ao fim ao cabo, sendo eleitos, somos os seus representantes de presença e condução dos próprios trabalhos. Procuramos conduzir trabalhos de estrema importância para toda a comunidade. Ou seja, o nosso objetivo é cumprir com os desejos da direção da AAUM (planos de orçamento, condução dos trabalhos) mas também colocar propostas dos estudantes que podem ser introduzidas nas próximas RGA. É uma tentativa da voz deles ser ouvida.

Como é que pensam implementar um horário nas RGA que permitam uma maior participação dos estudantes?

A nosso ver, a possibilidade apenas de se criar algum tipo de sondagem em que as pessoas que queiram possam escrever as suas disponibilidades, ajuda a perceber o dia em que os estudantes estão mais livres. Uma Reunião Geral de Alunos é para os estudantes e tendo um auditório cheio estamos efetivamente a ouvi-los. Achamos mesmo essencial pelo menos perceber o dia, de forma a abranger mais os estudantes. É uma medida ainda evolutiva, mas um Google forms já seria suficiente para as pessoas votarem e marcava se consoante uma maior disponibilidade.

Qual é o significado do vosso slogan?

“Encorajar a mudança” é o nosso slogan e nossa pretensão enquanto lista é encorajar alguma mudança dentro desta universidade. Podemos até não ficar com a Mesa mas acima de tudo o que consideramos essencial é as nossas propostas serem pensadas e efetivamente serem aplicadas um dia. Estimular uma mudança dentro da cabeça de cada estudante para evoluir e não estagnar.

Em que difere a Lista E das restantes?

Aquilo que trazemos de diferente é que queremos inovar e vemos os erros dos ano passado de forma crítica de modo a fazer mais pela academia. Este afastamento e a proximidade ao mesmo tempo é o distingue. Nenhum de nós tem antecedentes associativos nem esteve cá ano passado e de certa forma, sendo imparciais conseguimos ouvir os estudantes e tentar melhorar a academia.

O que está a falhar no trabalho da RGA?

Acho que há um afastamento em relação aos estudantes. As próprias reuniões são avisadas em cima e não há uma procura de uma divulgação maior e atempada. Por exemplo, os núcleos podem fazer esse papel mas acho que isso devia alastrar também para os delegados. Devia haver uma consciencialização dos delegados para promoverem dentro das turmas e mais gente ir. Se calhar muita gente nem sabe o que é nem tem interesse em procurar os órgãos que existem dentro desta universidade, não sabem onde devem falar e ter a sua voz ouvida. O papel dos delegados neste sentido seria muito benefício e não foi feito até agora. Acho que devia haver esse investimento. Enquanto delegada sei que consigo comunicar com os meus colegas o dia e a hora e explicar o que são as RGA. A nossa lista vai apostar nisso e também numa sessão informativa: como fazer propostas, importância de ir à RGA, como votar, por exemplo. Todo esse sistema devia ser mais abordado e explicitado aos estudantes e este ponto também combate a falta de adesão porque as pessoas vão ver que de facto há interesse em ir às RGA. Acreditamos que uma campanha mais presente também vai combater estes problemas e vamos estar mais próximos dos estudantes. As atas deviam ser disponibilizadas em partes do site da Universidade do Minho e todas as informações, incluindo datas. É muito mais fácil para o estudante ter acesso de forma direta e conciliar melhor as informações, que é uma das maiores propostas que a nossa lista aposta.

Como pensam fazer o levantamento da opinião dos estudantes?

A meu ver pode se fazer de várias formas, com algum tipo de formulário. No site um botão que fosse diretamente ao formulário e as pessoas preenchiam ou até haver sítios nos campi em que os estudantes possam colocar as suas questões: no CP2, CP1, na Nave de Azurém e representando todos os Campus, incluindo o de Couros e dos Congregados. Achamos que colocar caixas de sugestões seria benéfico para a própria inclusão dos estudantes, um dos valores essenciais da nossa lista.