A segunda temporada de Young Royals foi lançada na Netflix no primeiro dia de novembro. Dá continuação à história entre um casal homossexual, composto por um príncipe e um comum cidadão sueco, onde o escândalo põe o seu amor à prova.

A segunda temporada dá seguimento ao final escandaloso vista na anterior – a perda de confiança de Simon em Wilhelm depois deste negar que estava presente na sex tape divulgada por August.  A trama foca-se, agora, nas tentativas do príncipe Wilhelm reconquistar Simon, enquanto este tenta seguir em frente.

A atuação dos atores principais da série continua com a mesma qualidade, destacando-se o casal protagonista, interpretado por Edvin Ryding (Wilhelm) e Omar Rudberg (Simon). Os atores conseguiram interpretar todo o drama e consequências sentidos pelos personagens após a propagação do vídeo. As novas personagens introduzidas fizeram sentido no enredo, pois permitiram oferecer uma maior densidade psicológica aos protagonistas, destacando-se o psicólogo de Whilmen.

Desta forma, a construção psicológica do personagem foi um dos destaques desta temporada. A abordagem subtil da ansiedade é algo cativante de se assistir. A referência da doença mental faz sentido na história, não aparecendo nem num novo ponto para a audiência se relacionar, nem com o propósito de ser colocado devido à sua atualidade.

Contudo, a doença de Sarah (TDAH) nunca foi referida na nova temporada. Apesar de não haver a necessidade de ser referida constantemente, seria algo interessante, pois o espectador ficaria a saber mais sobre a doença que afeta uma vasta parte da população mundial. Assim, a ausência desta menção fica no esquecimento daqueles que viram a temporada de estreia.

Outro aspeto negativo desta temporada trata-se da escassa ocorrência de eventos. Acontecem vários circunstâncias e falas entre personagens, mas estes momentos não acrescentam nada à história principal que o espectador deseja ver. Os seis episódios da nova temporada parecem inicialmente sem qualquer tipo de conteúdo útil para a narrativa, podendo ser resolvidos mais rapidamente. Quando os eventos se tornam mais entusiasmantes e arrebatadores, a temporada acaba.

Porém, juntamente com o gosto do que se podia ter feito mais, fica também o desejo de se querer mais. Isso é um dos pontos fortes da série sueca: ela consegue sempre um “gancho” que deixa o espectador “louco” pela continuação da história. Todos os acontecimentos criados levam-nos para o clímax final, que acaba exatamente quando queremos saber mais. Ponto extremamente assertivo que nos deixa colados ao ecrã mesmo após o fim de cena.

Young Royals já tem confirmada a sua terceira e última temporada. A audiência fica assim na espera de descobrir o final do casal gay com mais química de Hillerska e como reagirá a monarquia aos eventos da segunda temporada. Para além de torcer que sejam resolvidos os pontos negativos identificados na mesma.