A denúncia foi feita pelo ex-presidente da AAUMinho, Duarte Lopes, na reunião do Conselho Geral que decorreu na última sexta-feira, dia 20.
Os problemas infraestruturais nas residências da Universidade do Minho (UMinho) parecem estar a agravar-se. Os representantes dos estudantes mostraram-se preocupados com a situação, uma vez que pode vir a agravar mais as questões do alojamento estudantil.
Duarte Lopes começa por criticar a diminuição da verba transmitida pela UMinho aos Serviços de Ação Social (SASUM). Lamenta que, para a resolução das questões infraestruturais, esteja apenas alocada uma verba de “cerca de 50 mil euros” no orçamento dos SASUM para 2023. “Não vai chegar para fazer frente aos desafios. Sei que não vamos fazer tudo este ano, mas esta verba fica muito aquém das necessidades”, declara.
Recorda ainda a redução da verba transferida pela UMinho para os SASUM em 2019, que passou dos 648 mil euros para 250 mil. Algo que volta a acontecer este ano, com uma diminuição de 150 mil euros.
“Os estudantes não escolhem ir, por vontade própria, para residências”. Duarte Lopes acredita que são “empurrados” para estes edifícios que não apresentam condições. Neste seguimento, Rui Vieira de Castro, reitor da academia minhota, admite que têm de ser garantidas “condições mínimas”, sendo para isso necessário um plano de intervenção. Durante anos, a manutenção dos edifícios não foi realizada, devido à “indisponibilidade dos recursos económicos necessários”.
No Plano de Atividades dos SASUM para 2023 é traçado como objetivo a requalificação e reabilitação do parque desportivo da universidade, a reparação das infiltrações nos telhados dos Complexos Desportivos de Gualtar e Azurém, bem como a melhoria da climatização e o isolamento térmico destes espaços. Em relação às residências universitárias, comprometem-se à requalificação e substituição dos equipamentos e mobílias antigas, garantindo a sustentabilidade e o aproveitamento dos espaços disponíveis das mesmas.
Em Braga, na residência Santa Tecla, pretende-se dar atenção à remodelação, ampliação de espaços e substituição dos equipamentos e objetos. Na residência Carlos LIoyd prioriza-se a modernização, aumento e reformulação dos compartimentos.
Em Guimarães, na residência de Azurém o plano passa pela implementação de uma cozinha e remodelação das salas de estudo e de informática. Na residência dos Combatentes, os SASUM assumem que é preciso “reparar a fachada do edifício”.