Alojamento estudantil e subfinanciamento da academia minhota foram temas mencionados durante a tomada de posse da nova direção da Associação Académica.
Os novos órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) tomaram posse este sábado, 7 de janeiro, no Salão Medieval da reitoria, no Largo do Paço, em Braga. O evento contou com as intervenções de Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho (UMinho) e Joana Marques Vidal, presidente do Conselho Geral.
Margarida Isaías é a segunda mulher que toma posse como presidente da AAUMinho. Um “excelente sinal” apontou Rui Vieira de Castro que “significa que para os estudantes, a igualdade de género não é apenas uma intenção afirmada, é algo que é efetivamente praticado”.
Perante um corpo estudantil “em mutação” e cada vez mais “heterogéneo”, o reitor destacou a diversidade dos estudantes como um “desafio tanto para a Universidade como para a AAUMinho”. No entanto, ao acompanhar esta estrutura representativa dos estudantes, Rui Vieira de Castro afirmou que tem havido “uma atenção a essa diversidade e um compromisso com o desenvolvimento de iniciativas para uma Universidade produtiva”. Algo que espera que “seja aprofundado pela nova direção”. Atestou ainda que, “da parte da Universidade haverá todo o interesse no desenvolvimento de iniciativas orientadas a este objetivo”.
Num discurso que durou cerca de 20 minutos, aludiu também para a agenda da Associação Académica para o ano de 2023. Destacou a gestão dos cursos e o acompanhamento dos percursos académicos como um aspeto fundamental a ter em conta. Fica a expectativa de que por parte da AAUMinho “haja um envolvimento com a integração e acompanhamento”, especialmente na passagem da formação para o exercício profissional.
A questão do alojamento, alimentação e desporto são áreas, mencionadas pelo reitor, que “necessitam de um efetivo envolvimento dos estudantes”. Áreas que “vão ser exploradas em contínuo [entre a reitoria e a Associação Académica] e que vão ter desenvolvimentos muito importantes”, destacando-se o Plano de Alojamento estudantil.
Rui Vieira de Castro aproveitou o púlpito para anunciar o lançamento do concurso para a construção de uma residência na antiga Escola de Santa Luzia, em Guimarães, já anunciada pela Camara Municipal de Braga. Relembrou ainda a instalação de outra residência na Fábrica Confiança, em Braga. Projetos que deverão estar concluídos no prazo de dois anos e que preveem a adição de cerca de 900 camas para os universitários.
Ainda dentro do alojamento, o reitor apontou para a ausência de uma menção acerca do assunto por parte da presidente, Margarida Isaías e do seu antecessor, Duarte Lopes nos seus discursos. “Esperava que tomassem isto como um tópico essencial das suas preocupações dado não ter sido algo que trouxeram para cima da mesa de conversa”, declarou.
Por fim, foi chamada ao palco a presidente do Conselho Geral, Joana Marques Vidal, que, por entre cumprimentos, mencionou a não candidatura de Rui Vieira de Castro às próximas eleições para o cargo de Reitor da UMinho.
No seu discurso, mostrou preocupação com “a necessidade da participação ativa dos estudantes das Associações Académicas perante os desafios que se colocam”, não só na Universidade do Minho como também no ensino superior em Portugal. Destacando o subfinanciamento da academia minhota como um dos desafios que “vem prejudicando o que é a capacidade da Universidade trilhar caminhos de uma maior excelência”.