Nascido neste mesmo dia, 22 de janeiro, em 1788, George Gordon Byron foi um poeta britânico, dos mais influentes do romanticismo. É com uma vida extravagante que escreveu obras até hoje relevantes. O poeta celebra, este domingo, o seu 235º aniversário.
Fruto de uma família nobre, Lord Byron é sexto Brão de Byron. No entanto, o seu histórico familiar não é tão feliz. O poeta tinha uma relação difícil com o pai que morreu cedo e, por isso, foi deixado aos cuidados da mãe, uma mulher amargurada e difícil. Desde cedo, George Byron destaca-se da sua família, seguindo um rumo completamente diferente da mesma.
É devido à má relação com a sua família que parte para Londres. Durante este tempo, ainda adolescente, decide que quer ser poeta, inspirando-se nas obras que leu até então.
Conhecido pelo seu estilo de vida amoroso controverso, teve inúmeras relações afetivas, tanto com mulheres como com homens. No meio de todas estas relações, o poeta chegou a ter umas mais significantes com mulheres como a escritora Caroline Lamb e a condessa de Oxford Jane Elizabeth Scott. Mais tarde chegam rumores de que Lord Byron teria uma relação com a sua meia-irmã que chega a engravidar, causando grande choque, especialmente para a altura em que se encontrava.
Após todas estas polémicas, o escritor casou em 1815 com quem passa a ser Lady Byron. No entanto, este casamento não dura muito devido à incapacidade de Lord Byron de se manter numa vida não boémia. Volta a viajar e é então que conhece Mary Shelley, na mesma altura em que esta escreve Frankenstein, e chega a ter uma relação com a sua irmã, tendo mais uma filha que também decide abandonar.
Quando volta à Grécia, participa na Guerra da independência e acaba por morrer em 1824. Apesar dos poucos anos vividos, a sua vida não foi menos emocionante. Foi durante tantas viagens que Lord Byron escreveu clássicos como Dom Juan, Peregrinação de Childe Harold e a até mesmo o famoso pequeno poema She Walks in Beauty.
Lord Byron deixou a sua impactante marca literária pela sua capacidade em criar obras tão avançadas para a sua altura. Com uma escrita melancólica e pessimista, mas romântica, refletindo muito da sua vida, e também uma clara corrente mórbida e gótica, apelando em especial à morte. Destacava-se pelas suas críticas sociais e políticas inseridas nas suas criações literárias, mostrando desde logo possuir um espírito crítico muito avançado para o século em que vivia. Revolucionou também a poesia, tendo criado formas de a escrever, como por exemplo a sem rima.
Reconhecido mundialmente, o poeta britânico influencia até hoje a literatura, mas principalmente a poesia que conhecemos. É referência para grandes poetas e inspira inúmeras obras. A sua vida polémica, apesar de tudo, trouxe uma atenção acrescida para além do seu enorme talento, juntamente com anos de vida emocionantes, que de facto foram vividos e não apenas passados.