Centenas de professores manifestaram-se na cidade de Braga contra as medidas impostas pelo governo.
A manifestação iniciou-se nesta quinta-feira, dia 19 de janeiro, junto à Arcada até à Câmara Municipal da cidade bracarense. A manifestação reuniu cerca de 70 agrupamentos compostos por mais de 10 mil professores, funcionários e até alunos. Segundo o Sindicato de Professores do Norte, a adesão à greve neste distrito chega aos 90%.
Em declarações à RUM, Rui Moreira, professor na Escola Secundária Alcaides de Faria, em Barcelos afirma que os apoios do governo são “insuficientes”. Esclarece que os professores exigem o aumento dos salários pois “estão muito abaixo do que necessitamos para ter uma vida digna”.
Além disso, Amália Azevedo, professora na Escola Secundária D. Maria II, em Braga, aponta que “já não há perspetivas de carreira, nem salariais, nem motivação”. Com 30 anos de carreira esta professora referiu que tem “sido sempre prejudicada” e “vai continuar”, visto que agora é que passou a integrar o quinto escalão.
Rogério Gonçalves, professor no Agrupamento de Escolas de Padro, em Braga, com 17 anos de serviço destaca que esta é uma manifestação “cívica” que contribui para vários professores, pais e alunos tomarem uma posição. Revela ainda que “se não tomarmos nenhuma posição temos que aceitar aquilo que nos dão”.
Deste modo, Lurdes Veiga, dirigente do Sindicato de Professores do Norte, realça a importância dos “elevados níveis de adesão”. Afirma também que as medidas anunciadas pelo governo são “claramente insuficientes”.