Em plena véspera de dia dos namorados, o girl group TripleS estreou, enquanto grupo, o seu primeiro EP “ASSEMBLE”. Após o êxito da primeira sub-unit, o grupo demonstrou muitos mais talentos e trunfos bem guardados, apesar da imensa lacuna verificada no campo da diversidade e criatividade musical.

NME

O compilado de músicas não é extenso, sendo apenas apresentadas sete faixas com ritmos e sons bastante parecidos. Surpreendentemente, neste projeto de curtíssima duração, os sons ainda se encontram demasiado presos ao estilo de LOONA e, consequentemente, não permitem que o grupo crie a sua própria imagem e identidade.

Passando a uma análise mais específica de cada título, a primeira faixa “Beam” é, sem margem para dúvidas, uma das melhores. O ritmo calmo e suave conjugado com os vocais agradáveis torna possível distrair os ouvintes da familiaridade que o som traz consigo. A segunda música a surgir na lista é “Before The Rise“. Com um ritmo mais acelerado e forma de interlúdio, não apresenta muita relevância em relação às restantes músicas do compilado.

Rising” é apresentada como a title-track, mas nem por isso varia ou pode ser considerada um destaque. É, em aspetos como melodia e sonoridade, muito semelhante à title track “Generation” do projeto da primeira sub-unit AAA. A letra, por sua vez, é bonita e quase poética ao contar a história de sonhos e resiliência de um grupo de raparigas – referência clara ao próprio grupo. “Colorful” segue a title-track e é possível perceber as imensas semelhanças com o estilo do grupo sul-coreano LOONA pelas influências de Synth Pop e forma muito própria de trabalhar as vozes com o instrumental.

Em quinto lugar “The Baddest” é apenas uma mera repetição de sons, sem um ritmo certo e com um refrão bastante diferente dos anteriores pelo seu beat drop mais subtil, que passa quase despercebido. O único ponto menos positivo a apontar neste título é o Rap forçado e totalmente desnecessário. Para terminar, “New Look” não acrescenta absolutamente nada de novo. A melodia é a mesma e a letra é redundante e superficial. Por ser um outro “Chowall” é uma forma interessante de fechar o leque, dando destaque as vozes das integrantes de uma forma suave e intrigante. Curiosamente, este outro é capaz de deixar os ouvintes interessados e curiosos o suficiente para procurarem saber mais sobre um possível progresso do grupo em projetos futuros.

Enfim, ainda que o álbum tenha sido um constante disco riscado com as mesmas melodias e sem um pingo de ousadia para arriscar, não foi um desastre. Resta aos ouvintes esperar por inovação e bom uso do talento e potencial que existe no leque de integrantes que só tende a aumentar.