Com o início do novo ano, surgem novas promessas e revisitam-se as que já se foram acumulando ao longo do tempo, nunca cumpridas. A viragem do ano dá alento a um conjunto de expectativas, reivindicações, desejos e ambições, tanto a nível pessoal como coletivo.

Com a intuito de apresentar novas perspetivas aos nossos leitores, a nova rubrica da secção de Multimédia do ComUM traz um olhar criativo sintonizado com a prática jornalística. C Criativo é o espaço onde os colaboradores de Multimédia têm a oportunidade de explorar novas possibilidades técnicas e conceituais. Com uma periocidade mensal, os colaboradores desenvolvem um projeto criativo, de mãos dadas à reflexão crítica sobre um determinado assunto da atualidade.

As resoluções na rua

O início de um novo ano é uma altura propícia a reflexões. Muitos fazem resoluções para objetivos que querem cumprir. No entanto, quais são as resoluções da sociedade coletiva? O que traz o novo ano para o nosso país e para o mundo? Não foi preciso falar com ninguém para obter respostas. As ruas da cidade de Braga mostram-nos a realidade em que vivemos. Ruas estas que sentem o passar do tempo. Sentem as mudanças, pequenas ou grandes, longe ou perto. Refletem pensamentos, ideologias e os desejos das pessoas para 2023.

Por Emanuel Brandão

(Não) Resoluções

No primeiro dia de cada ano, as pessoas comprometem-se com inúmeras resoluções para melhorar as suas vidas, mas raramente acabam o ano e dizem “este ano, fiz tudo aquilo a que me comprometi”. Traçar objetivos para o ano que se avizinha é quase um ritual, uma tradição que se passa de geração em geração. Algo que já se faz há muito tempo e que provavelmente se vai continuar a fazer. Para muitas pessoas, não passa disso. Resoluções que se celebram com passas e champanhe nos primeiros minutos do ano, mas que não chegam a transpor o papel ou a imaginação. Algo que está enraizado na sociedade e que resulta da ânsia de se ser cada vez melhor, mesmo que não haja vontade e esforço para concretizar cada aspiração.

Este projeto retrata exatamente isso: o deixar as resoluções na gaveta para as cumprir no ano seguinte, sempre sem sucesso.

Por Jéssica Machado