Presidente da AAUMinho aponta para um modelo de ensino desatualizado.

Durante a cerimónia do 49º aniversário da academia minhota, a presidente da AAUMinho, Margarida Isaías, deixou críticas aos professores e à direção da instituição. A representante dos estudantes lamenta a “insistência num modelo de ensino que não valoriza a saúde mental” dos alunos.

Ainda que se tenha assistido nas últimas décadas a uma “evolução”, Margarida Isaías afirma que o modelo de ensino ainda está desatualizado e necessita de uma modernização em termos pedagógicos, sobretudo no que diz respeito à presença dos estudantes. “Porque razão continuamos a ter aulas teóricas obrigatórias como a garantia de que nós, estudantes, vamos lá estar?”, questiona.

Em defesa pelos direitos da comunidade estudantil, a dirigente máxima da AAUMinho defende que o “melhor método de ensino possível” tem de “ir ao encontro das necessidades” dos estudantes e os professores desempenham um papel importante nesse sentido. A questão da presença em aula foi outro dos temas mais valorizado pela estudante. “Continua a ser uma luta a validação de justificação de faltas e dispensa de aulas” para “iniciativas curriculares e extracurriculares, que se têm mostrado essenciais para a formação de bons profissionais”, relata.

Com foco nos estudantes internacionais, Margarida Isaías queixa-se igualmente das condições para alunos estrangeiros, onde a maioria das disciplinas só são lecionadas em português. Para além disso, estão sujeitos a “um valor mais elevado de propinas”, o que representa uma “falta de compromisso pelos problemas dos estudantes”.