Alunos vão passar a realizar três exames obrigatórios.
Foram anunciadas, esta segunda-feira, novas alterações no modelo do ensino secundário. Os exames vão manter-se, sendo o de português obrigatório, mas com um peso mais baixo na nota final. A informação foi divulgada em conferência de imprensa, em Lisboa, pelos ministros da Educação, João Costa, e da Ciência e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
Segundo o novo modelo, o exame de português passa a ser novamente obrigatório para conclusão do ensino secundário, sendo as outras duas provas escolhidas pelo aluno. O peso cai de 30% para 25% na classificação final da disciplina. Com esta medida, João Costa visa encarar o ensino secundário “não apenas como uma porta de acesso ao ensino superior”, mas valorizando-o numa lógica de “complementaridade entre avaliação interna e externa”.
As unidades curriculares que integram as áreas gerais também vão sofrer alterações relativamente aos efeitos de classificação final do secundário. As disciplinas trienais vão ter uma ponderação maior, como é o caso de Português, ao passo que as disciplinas bienais e anuais vão assumir um peso menor.
Ao nível das candidaturas para o ensino superior, os exames vão assumir uma ponderação de, pelo menos, 45% na média e vão ser exigidos no mínimo dois exames, dependendo dos cursos. O novo modelo de acesso vai ser apresentado em detalhe esta sexta-feira, pela ministra do Ensino Superior, Elvira Fortunato e pelo secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira.
As novas regras entram em vigor a partir do próximo ano letivo, para os alunos que ingressarem no 10º ano. Por enquanto, mantém-se em vigor o modelo pós pandemia, com os exames nacionais a valerem apenas para ingressar no ensino superior.