O painel é composto por oradores nacionais e internaionais.
A quarta edição do “Winter Crash Course” inicia-se esta terça-feira, dia 14 de fevereiro, e prolonga-se até quinta-feira. A iniciativa é promovida pelo Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais da Universidade do Minho (CECRI) e vai abordar o “Médio Oriente”. O ComUM esteve à conversa com o departamento “Formações e Tertúlias” do núcleo para perceber como vai decorrer a edição deste ano e que questões vão ser abordadas.
Em primeiro lugar, Chiara Fernandes explica que a escolha do tema se justifica com a necessidade de romper com “uma visão muito ocidental do mundo”. Já Luana Magalhães elucida que como na primeira edição se abordou a União Europeia, nos anos seguintes o objetivo foi “fugir desse tema, por ser algo já muito falado no curso”. A segunda edição foi sobre a República Popular da China e a terceira sobre a Federação Russa. “Este ano, debatemos se íamos fazer sobre o Médio Oriente ou sobre a América Latina”, esclarece a estudante. No entanto, “tendo em conta tudo o que tem acontecido nos últimos anos e tempos no Médio Oriente, optamos por esta opção”.
Da mesma forma, Luana Magalhães aponta a falta de visibilidade da região como outro motivo. Chiara Fernandes acrescenta que o Médio Oriente “é sempre importante para a área de Relações Internacionais, por motivos de geopolítica e de economia”. “Foi uma escolha acertada”, remata a estudante.
No que diz respeito à escolha dos painéis, Clara Sampaio começa por referir que “é difícil cobrir tudo o que é importante sobre uma região em três dias”. Assim, vai ser abordada a história e o contexto geral do Médio Oriente no primeiro dia e no segundo dia vão ser explorados temas específicos de cada um dos países. O terceiro dia está reservado a uma reflexão sobre o futuro da região, com foco para questões relacionadas com direitos humanos.
“Não nos quisemos restringir a especialistas portugueses”. Luana Magalhães revela que a equipa decidiu desde o início que iam ter tanto oradores nacionais, como internacionais. “Queríamos ter pessoas que trabalharam ou trabalham diretamente com pessoas da região ou nos locais”, acrescenta a estudante. Outro objetivo do departamento foi incluir oradores de diferentes idades. “Temos tanto oradores juniores como seniores, o que acaba por tornar o curso um pouco mais atualizado”. Além disso, uma das ambições foi ir mais além do meio académico. No curso, vão estar presentes professores universitários, mas também jornalistas, pessoas que moraram na região e estudantes de doutoramento.
Assim como na edição anterior, este ano o curso vai realizar-se em formato online. “Chegamos a debater a ideia de fazer presencialmente ou em regime misto, mas seria um pouco mais complicado devido à nossa vontade de integrar oradores internacionais”, esclarece Luana Magalhães. Por outro lado, a equipa recebeu inscrições de “pessoas de muitos lados e de diferentes países. O formato via Zoom faz com que consigamos transmitir este curso a uma audiência muito maior do que se fosse na universidade com oradores nacionais e professores”, afirma a estudante.
As expectativas para a edição deste ano estão, segundo Chiara Fernandes, “muito altas”. “Queremos que a gente chegue à nossa beira e que diga que valeu muito a pena”. Assim, a estudante espera que as pessoas se sintam próximas dos oradores e confortáveis para colocar perguntas. A intenção é “dar voz não só aos especialistas, mas também aos participantes, criando momentos de debate”. “Tivemos muito feedback positivo no ano passado, então espero que este ano tenhamos ainda mais”, ambiciona Chiara Fernandes.