A associação colaborou com diferentes nomes do associativismo de modo a organizar uma semana dedicada ao feminismo.
A Associação de Debates Académicos da Universidade do Minho (ADAUM) realizou uma edição especial dos debates temáticos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, esta terça-feira, 7 de março. A sessão desta semana debroçou-se sobre o feminismo e contou com a colaboração entre o HeforShe UMinho, a Umar Braga e a Rede 8 de março.
A moção que deu início ao debate voltou-se sobre o “comportamento estereotipicamente feminino”. Com isto, o objetivo passou por refletir àcerca da visão da mulher na sociedade enquanto cuidadora principal dos filhos, cuidadora do lar, além de questões como maquilhagem e depilação.
Em sequência, foram discutidos os papéis de género sociais, bem como a forma que as mulheres são postas “em segundo plano e objetificadas” por causa deles. “Os padrões e papéis de género são criados por homens, reforçados por homens, numa sociedade regida por homens”, pôde ouvir-se na sessão. O grupo continuou a explicar que “enquanto não rejeitarmos os comportamentos, as mulheres vão continuar num ciclo de perpetuação da sua inferioridade”.
“Para concretizar o verdadeiro objetivo do movimento feminista, devemos deitar abaixo as concepções de que a mulher é um ser frágil, inferior e subordinado”, frisou um dos grupos participantes. Ambas as casas concordaram que o patriarcado é o verdadeiro opressor e que os comportamentos não devem ser condizentes à um género específico.
O tópico da liberdade feminina iniciou-se com o mote de que “a luta feminista deve ser uma luta para libertar as mulheres”. O grupo defendeu que o empoderamento e a união das mulheres é o que vai levar o patriacardo ao fim. Sublinhou também que, independentemente dos estereótipos, o feminismo é para todas as mulheres, sem exceção.
Na sessão, foi reconhecida a contínua luta feminina ao longo da história. “Devemos lutar pelas mulheres que passaram as suas vidas a tentar encaixar-se nesses estereótipos”, foi realçado. Fez parte do debate a ideia de que nenhum papel que a mulher escolha exercer ativamente na sociedade deve ser julgado e que o feminismo luta por essa liberdade de escolha.