O movimento integra oito associações académicas.

O Conselho das Associações Académicas Portuguesas (CAAP) defende a descentralização, independência, compromisso e representatividade. O movimento junta oito associações, entre elas a do Minho, e foi formalizado esta sexta-feira, na Casa do Estudante da Universidade de Aveiro.

Na cerimónia, o presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), Wilson Carmo, falou de problemas “correntes”, que vão desde o alojamento até à ação social e ao financiamento. “A democratização do Ensino Superior ainda não está garantida”, reiterou.

Relativamente à descentralização, o dirigente associativo criticou o facto de “cerca de 48% das vagas no Ensino Superior, praticamente metade, estarem distribuídas somente entre Porto e Lisboa”. Além disso, referiu que “45% das camas previstas no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior” se destinam a estes dois concelhos. Questionou, portanto, se o país “tem apenas duas cidades ou se vai fazer esforços para valorizar os 20 distritos”.

Wilson Carmo frisou também que as estruturas constituintes do CAAP estavam “cansadas de um movimento associativo liderado e condicionado pelos mesmos de sempre”. Assim, o movimento visa “acabar com uma servidão viciante que muito jeito dá a algumas estruturas com interesses absolutamente nulos na vida dos alunos”.

“Não acreditamos que estruturas valham todas o mesmo, se isto implicar que estudantes e colegas de Ensino Superior sejam discriminados”, continuou. Desse modo, concluiu que “o compromisso para com os estudantes na defesa do Ensino Superior português precisa de uma grande atualização”.