A taxa de abstenção aumentou 7,82% relativamente às eleições de 2021.

A lista A, encabeçada por Margarida Isaías, venceu as eleições para representante dos estudantes no Conselho Geral da Universidade do Minho. Juntamente com os três elementos da lista vencedora, vai estar Miguel Martins, da lista B. O processo eleitoral decorreu durante o dia de hoje, através da plataforma e-Votum.

Num total de 1219 cadernos eleitorais – 6,18% dos 19722 estudantes inscritos -, a lista A conseguiu 705 votos (58%) e a lista B alcançou 456 (37%). Registaram-se 58 votos em branco (5%) e uma taxa de abstenção de 93,82%, que constitui um aumento de 7,82% relativamente às eleições de 2021. Assim, os quatro representantes dos estudantes são Margarida Isaías, Joana Fraga, Ana Nunes e Miguel Martins. O resultado vai passar ainda pela homologação da presidente do Conselho Geral, Joana Marques Vidal.

Em declarações à RUM, Margarida Isaías afirmou estar “bastante contente com o resultado” e mostrou-se disponível para trabalhar em articulação com Miguel Martins. “A partir do momento em que são eleitos, não são a lista A, nem a lista B, mas sim os estudantes representantes dos colegas no Conselho Geral”, frisou.

Por sua vez, Miguel Martins adiantou à RUM ter ficado “bastante surpreendido pela positiva” com o resultado. “Ficamos bastante próximos do segundo eleito, mas a eleição de um representante vai garantir que os estudantes da Universidade do Minho possam contar com uma voz forte e reivindicativa no Conselho Geral”, apontou.

Na rede social Instagram, a lista B reconheceu a “elevada abstenção, que marca negativamente esta eleição”, mas agradece àqueles que confiaram na lista B. Prometeu “desenvolver um trabalho de proximidade e de auscultação junto da comunidade estudantil”, levantando os problemas que os estudantes enfrentam.

A taxa de abstenção preocupa ambos os cabeças de lista. A também presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) percebeu durante a campanha que se trata de “um órgão muito desconhecido”. Por isso, considera que “ainda há um caminho grande a fazer durante este mandato de dois anos”.

O estudante de Geografia considera que todos os estudantes devem estar ocorrentes do que é este órgão e em que consistem as funções do mesmo, “coisa que ao momento não acontece”. Além disso, Miguel Martins lamenta que a comissão eleitoral não tenha promovido um debate nesta eleição.