O valor da propina e a falta de alojamento foram alguns dos problemas apontados durante a manifestação.
Esta quinta-feira, dia 23 de março, estudantes de todo o país saíram à rua para reivindicar melhores condições no ensino superior. Em Braga, no Campus de Gualtar da Universidade do Minho, a véspera do Dia Nacional do Estudante ficou marcada por uma manifestação junto à estátua de Prometeu, que aconteceu no início da tarde.
Cerca de 20 alunos e alunas levantaram cartazes e guarda-chuvas para mostrar o seu descontentamento em relação à atual realidade do ensino superior. Em entrevista ao ComUM, Inês Castro, estudante de Línguas e Literaturas Europeias na UMinho, referiu que o principal objetivo da “ação de luta” foi “fazer ouvir o governo”.
O atual valor da propina é um dos problemas mais criticados pelo grupo de manifestantes. De acordo com Inês Castro, “continua a ser um entrave no acesso e na permanência na universidade”. Da mesma forma, o número insuficiente de camas nas residências públicas é visto pela aluna como “preocupante”. “Há estudantes que são obrigados a alugar quartos a preços absurdos”, explicou.
“A fila da cantina” e a falta de oferta no que diz respeito à alimentação foram questões que também se insurgiram na voz e nos cartazes dos alunos. Inês Castro apontou ainda o regime jurídico das instituições de ensino superior (RJIES) e o regime fundacional como agravantes do subfinanciamento da universidade.
“Podiam estar mais estudantes, mas é preciso valorizar os que estão aqui, ainda por cima num dia de chuva”. A aluna de Línguas e Literaturas Europeias desvalorizou a falta de adesão e reiterou a importância de os estudantes se organizarem e mobilizarem. “A luta não se faz num só dia e não só com uma ação. Acreditamos que é assim que o governo vai finalmente ouvir que os estudantes não estão contentes”.
No Campus de Azurém, também decorreu uma manifestação, agendada para as 16h00.