A olaria e o artesanato são valorizados na terra minhota.
O GuiaComUM viaja até Barcelos, uma cidade banhada pelo rio Cávado, com mais de 700 anos de história. A cidade, conhecida pelo galo de Barcelos, desvenda os séculos de tradição e cultura nos pormenores arquitetónicos de várias épocas, desde o românico, gótico, passando pelo estilo barroco até ao neoclássico. A cidade minhota é reconhecida pela valorização do artesanato e da olaria.
Theatro Gil Vicente
O Theatro Gil Vicente é a principal casa de espetáculos de Barcelos. Construído no mês de julho, o teatro barcelense já soma 120 anos de história. A casa cultural situa-se, hoje, no número 1 do Largo Dr. Martins Lima, mas antes deste espaço próprio, o teatro esteve presente em vários pontos da cidade.
O teatro conta com uma programação regular e vários nomes da música, dança, teatro e representação já pisaram este palco. Com isto, o Theatro Gil Vicente pretende levar às pessoas e ser o elo de ligação com as várias formas de arte.
Centro Histórico
O centro histórico de Barcelos espelha os séculos da cidade. O Paço dos Condes de Barcelos, o Edifício da Câmara Municipal, a Igreja Matriz e a Igreja do Senhor da Cruz complementam a zona mais antiga da cidade e conferem-lhe importância e relevância. Na envolvência, os edifícios apresentam vestígios arquitetónicos românicos, góticos, manuelinos, barrocos e neoclássicos.
O Paço dos Condes de Barcelos, também denominado de Casa dos Duques de Bragança remonta à primeira metade do século XV. Atualmente, no Paço está instalado o Museu Arqueológico. O chafariz no Campo da Feira compõe este cenário histórico da cidade. O Jardim das Barrocas e o Jardim Velho moldam a paisagem, com flores e arbustos.
Museu de Olaria
O Museu de Olaria ocupa o edifício da antiga “Casa dos Mendanhas Benevides Cyrne”, situado em pleno centro histórico da cidade. Foi criado em 1963 e abriu ao público em 1995. Integra a Rede Portuguesa de Museus (Instituto dos Museus e da Conservação) desde o ano 2000.
O seu acervo, que conta atualmente com cerca de 9000 peças, é constituído essencialmente por coleções de cerâmica portuguesa fosca e vidrada e estrangeira, de Angola, Argélia, Brasil, Timor, Chile, Espanha e Cabo Verde. O principal objetivo da casa cultural é a aquisição, a investigação e a divulgação desse importante património, bem como, a sua preservação.
Em frente ao Museu de Olaria encontra-se um monumento de homenagem aos artesãos barcelenses, o Galo de Barcelos.
Feira de Barcelos
A Feira de Barcelos é considerada por muitos uma enciclopédia viva e um espaço digno de visita numa passagem pela cidade minhota. Todas as quintas-feiras, das 7h00 às 19h00, o Campo da República, conhecido também por Campo da Feira, preenche-se de feirantes vindos de todo o país.
O local onde a tranquilidade costuma reinar transforma-se num local com grande afluência de compradores. A feira, cujo inicio remonta ao século XIII, é uma feira tradicional e marcadamente rural que privilegia as produções agrícolas locais. Além disso, está também ligada à venda de produtos artesanais, como as louças de Barcelos, galos, trabalhos em madeira, linhos e bordados.
Piões, ocarinas, cucos, miniaturas, espigueiros, jugos, maceiras são vendidos nesta feira, fazendo lembrar o tempo dos avós e bisavós. Segundo a Câmara, a feira proporciona um encontro com os produtos, com a história, com a riqueza e valor do mundo rural.
Festa das Cruzes
A Festa das Cruzes é a principal festa popular de Barcelos. Considerada uma das primeiras grandes romarias do Minho, a Festa das Cruzes está associada a uma lenda. Segundo a mesma, João Pires avistou, no Campo da Feira, uma cruz preta, e considerou-a um “sinal sagrado”.
Esta lenda fez nascer uma devoção ao “Senhor da Cruz”, que se tornou um símbolo importante para os religiosos, tendo sido construído um Templo em sua homenagem. A esta festa associa-se o feriado municipal, dia 3 de maio.
Museu do Chocolate
O Museu do Chocolate da Avianense, situado na freguesia de Durrães, foi inaugurado em 2016, com o objetivo de permitir aos visitantes uma viagem cronológica da empresa e da própria indústria em Portugal. No museu é possível encontrar um relato próximo e vivo dos êxitos e sobressaltos que a Avianense enfrentou ao longo das décadas e, no final, uma surpresa aguarda todos os visitantes.
Nas instalações existe ainda uma loja de chocolate, para venda dos produtos apresentados no decorrer da visita. As visitas não carecem de agendamento prévio e as instalações estão abertos de segunda a sexta das 9h00 às 11h30 e das 14h00 às 17h00.
Lagoas de Enxate e de Perelhal
A ribeira de Feitos tem a sua nascente na maior elevação do concelho de Barcelos, o Monte de S. Gonçalo. Ao longo dos tempos, o desnível acentuado em formações rochosas e o bater da água formaram cascatas e lagoas, visitadas frequentemente pelos barcelenses, as lagoas de Enxate e Perelhal.
As lagoas de Enxate localizadas na freguesia de Vila Cova são o sinónimo de natureza, no monte de S. Gonçalo e S. Mamede. A riqueza natural da lagoa de Perelhal, juntamente com a sua localização, rodeada de antigos aquedutos, moinhos e casas agrícolas, hoje abandonados à natureza, tornam este espaço “secreto”. A lagoa de Perelhal está rodeada por uma mancha florestal de sobreiros e carvalhos até ao Rio Cávado.