O teatrólogo e poeta alemão Frierich Hebbel produziu teatro caracterizado por uma grande profundidade psicológica, que se opôs ao estilo romântico do século XIX. Considerado um dos maiores escritores teatrais do realismo, completa hoje, dia 18 de março, 210 anos. O escritor diferenciou-se do estilo literário da sua época.
Vindo de uma família humilde, Hebbel demonstrou talento para poesia desde tenra idade. Os seus versos acabaram por ser publicados na revista Hamburg Modezeitung, com a ajuda de Amalie Schoppe, uma jornalista e autora de contos. Durante o percurso académico, estudou as áreas de direito, filosofia, história e literatura.
Em 1839, passou por surtos de depressão, superando-os com a ajuda da amiga Elise Lensing, que acabou por ser companheira e inspiração para as obras de Hebbel. Foi nessa altura que escreveu a primeira tragédia, Judith, peça que o viria a trazer reconhecimento nacional. Seguiu-se a tragédia Genoveva e, em 1841, terminou a comédia Le Diamant.
No ano seguinte, rumou a Copenhaga, onde o rei Cristiano VIII da Dinamarca lhe concedeu uma bolsa de estudos. O apoio permitiu ao escritor viajar até Paris, cidade em que escreveu Maria-Magdalena, considerada a primeira tragédia burguesa do século XIX, e Tragédia da Vida Atual.
Realizou uma jornada por diferentes países, mas acabou por permanecer em Viena, onde casou com a atriz Christine Enghaus, em 1846. Três anos mais tarde, tornou-se editor de uma página literária e as suas obras completas foram publicadas pela primeira vez.
Posteriormente, destacaram-se as obras Herodes und Mariamne, publicada em 1850, bem como Die Nibelungen Trilogie, em 1862, que abordava o conflito entre o paganismo e o cristianismo. Depois de uma longa carreira na literatura, acabou por falecer em Viena, em 1863.