Em causa, está o modelo de voto “pouco representativo”.
A saída do Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA) foi aprovada em Reunião Geral de Alunos (RGA), esta quarta-feira, com 46 votos a favor. A moção foi apresentada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), que pôs em causa o atual modelo de voto.
Durante a RGA, a presidente da AAUMinho, Margarida Isaías, falou de um modelo de votação “pouco representativo”, no sentido em que as federações de Lisboa e do Porto têm um maior poder sobre a tomada de decisões. A dirigente associativa considera que as restantes associações académicas carecem de espaço para discussão. A proposta de saída surgiu, portanto, quando os estudantes do Minho “não estavam a ser representados”.
A presidente sublinhou que esta saída não é definitiva, mas manter-se-á enquanto o modelo de voto permanecer nos moldes atuais. Juntamente com a AAUMinho, também as associações de Aveiro, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Interior, Évora, Madeira e Açores acordaram abandonar o movimento estudantil.
As federações que estão de saída do ENDA encontram-se agora em processo de se juntarem, de modo a criarem o Conselho das Associações Académicas Portuguesas (CAPA). O objetivo passa por dar voz a estas estruturas.
Além dos votos a favor, registaram-se quatro abstenções e seis votos contra. Estiveram presentes na primeira RGA extraordinária do presente mandato da AAUMinho 56 alunos. A próxima reunião está agendada para dia 29 de março.