A tuna vencedora da noite foi a Trovantina.

No passado fim-de-semana, nos dias 10 e 11 de março, realizou-se a 6ª edição do Magna Augusta, o festival de tunas anualmente organizado pela Augustuna, Tuna Académica da Universidade do Minho. Com 48 horas repletas de música, espírito académico e muito companheirismo, terminou mais um evento cultural universitário.

Na sexta-feira, dia 10 de março, começou o festival com a tradicional noite de serenatas. O Braga Parque, patrocinador principal do evento, recebeu a Augustuna e as tunas convidadas nas suas escadarias, bem como todos os visitantes do evento. As serenatas, com entrada livre, começaram com um pequeno discurso sobre os 27 anos de história da tuna organizadora. No discurso falou-se de amizade, convívio e música e do objetivo da tuna em levar a história de Braga por Portugal e pelo mundo.

O espetáculo seguiu-se com a apresentação de cada tuna a concurso e da Tum’Acanénica, extraconcurso. Durante o tempo que foi atribuído a cada um dos grupos culturais, foram apresentadas duas músicas ao público, algumas destas combinadas com uma atuação de estandarte. Por fim, subiram à escadaria os anfitriões que apresentaram três músicas, distribuindo rosas pelas mulheres que se encontravam no público pouco antes de iniciarem a sua interpretação da música “Loucura”.

No dia seguinte, o Altice Forum Braga recebeu o VI Magna Augusta para o segundo e último dia do evento. Os Jogralhos, Grupo de Jograis Universitários do Minho, apresentaram o que decorreria nas quatro horas seguintes. O grupo captou a atenção do público entre atuações com as suas rimas em forma cómica que procuravam fazer alusão a diferentes temas como o anúncio da presença da cantora Ana Malhoa nas Monumentais Festas do Enterro da Gata ou as polémicas do ex-dirigente da AAUMinho Rui Oliveira.

As atuações iniciaram-se com a entrada da tuna extraconcurso, Tum’Acanénica, a Tuna Mista da ESECS. Com a apresentação de quatro músicas, este grupo dedicou o seu instrumental aos anfitriões e a adaptação de uma música do Festival da Canção a um dos membros que não pôde estar presente. Atribuindo diversos elogios ao Bar Académico, o grupo natural de Leiria deixou a sua marca nesta edição do festival.

Seguidamente, entrou a primeira tuna a concurso, a TAFDUP – Tuna Académica da Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Tal como a Augustuna tinha feito no dia anterior, os membros da tuna distribuíram também eles flores durante a performance da música “Te mando flores”. Foi ainda de destaque a apresentação de um instrumental, “Rainha Italiana de Tarântula Morta” e o seu original “Mar Maior”, cuja introdução teve direito a um teatro sobre a conquista do mar pelos portugueses e, durante a atuação, uma dança de capa negra.

Antes do intervalo, foi a vez da In Vinus Tuna, Tuna Masculina da Esact, subir a palco. Vindos de Mirandela, trouxeram ao público diversas músicas, entre elas o seu original “Adega” e o solo “Quando a noite já ia serena”. Por fim, agradeceram à tuna minhota pelo convite para o festival e às guias por os acompanharem durante o fim-de-semana que acabava, dedicando a estas a sua última música da noite “Assim mesmo é que é”.

Após uma breve pausa no espetáculo, deu-se início à atuação da Trovantina – Tuna do Instituto Politécnico de Leiria. O começo foi marcado por uma apresentação no fundo do palco da cidade de Leiria com algumas imagens e vídeos dos diversos locais emblemáticos da mesma. Além disso, tocaram o seu original “A Mistura” e dedicaram “Pipo Tango” às suas guias, acompanhados de uma atuação de estandarte e de pandeiretas.

A última tuna a concurso foram os Gatunos – Tuna Académica do Politécnico do Porto. A atuação deste grupo foi marcada pelo solo “Amor, Vida De Mi Vida” e o seu original com mais de 25 anos “Sentir a Tradição”, acompanhado de pandeiretas e atuação de estandarte. Durante o tempo que estiveram em palco, agradeceram à Augustuna pelo convite, às restantes tunas participantes, às guias e ao público que os acompanhou. Deixaram ainda palavras de carinho à cidade de Braga, mesmo que não esquecendo as suas raízes da Póvoa de Varzim, à qual dedicaram a música “Saudades do Mar”.

Finalmente, a tuna anfitriã, a Augustuna, subiu ao palco de forma a marcar o fecho do festival com uma última atuação. Com um dueto com a TUM’Acanénica, o verdadeiro marco da performance da tuna minhota foi o discurso dos fundadores presentes, que deixaram algumas palavras aos atuais membros, relembrando-lhes da importância da Augustuna e da sua ligação com a sociedade e as comunidades. Para o público afirmaram que também eles não são esquecidos e que “as vossas palmas são o alimento da nossa alma”.

No restante tempo, foram apresentadas músicas como “Ninguém Pode Duvidar”, “Anda Estragar-me Os Planos” e o solo “Hora de Fechar”. Seguidamente foram anunciados os vencedores das diversas categorias. Os títulos de melhor serenata, melhor solista e melhor instrumental foram entregues aos Gatunos. A Trovantina venceu quatro categorias, melhor estandarte, melhor pandeireta, melhor arranjo vocal e melhor tuna. O melhor orginal foi o da TAFDUP, que levou para o Porto também o título de tuna mais solidária. A In Vinus Tuna foi reconhecida como Tuna mais Tuna. Com a performance de “Braga Boémia” acompanhado de pandeiretas e estandarte deu-se fim a mais um Magna Augusta.