Valença é uma das mais antigas povoações portuguesas.

O Guia ComUM ruma a Valença, uma cidade raiana do Alto Minho, que preserva até hoje as características de cidade fortificada nos séculos XVII e XVIII. Localizada no distrito de Viana do Castelo, destaca-se pelos traços arquitetónicos, pelo comércio tradicional, pelo artesanato e pela riqueza histórica.

Fortaleza de Valença

A Fortaleza de Valença é uma das principais fortificações militares da Europa e percorre as páginas das diferentes aventuras históricas de Portugal e Espanha. Atrai visitantes pela arquitetura militar abaluartada, constituída por cinco quilómetros de muralha. O casario, as construções militares, as igrejas, a vista para o rio Minho e a antiga ponte metálica complementam este que é um dos maiores pontos turísticos da cidade. Além disso, dado o contexto histórico na defesa da independência de Portugal, Valença é hoje um símbolo das relações entre a Península Ibérica.

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Marco Miliário Romano

Mandado construir pelo Imperador Cláudio, no século I a.c., o Marco Miliário Romano tivera fins militares, comerciais e de pacificação do território. Ao longo dos tempos serviu também como pelourinho, numa travessia que atravessa as paisagens de Fontoura, cruzando Cerdal na Ponte da Pedreira até à veiga de Valença, onde se fazia a passagem para Tui. Também os peregrinos a Santiago de Compostela cruzavam o rio Minho a partir do seu cais, como haviam feito as populações romanizadas.

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Ponte rodo-ferroviária de Valença

Também conhecida por Ponte Internacional de Tui, trata-se de uma ligação internacional cuja construção remonta para 1882. O rei D. Pedro V defendeu que o trajeto partisse da Linha do Leste e fosse terminar a Vigo, passando pelo Porto. Deste modo, encurtava-se a distância da fronteira com França, um ponto estratégico.

Esta ponte simboliza o elo de ligação histórico, económico e social entre o Norte de Portugal e a Galiza, que viria a ser reforçado ao longo dos anos. Atualmente, as viagens ferroviárias diárias mantêm-se.

Igreja de Santa Maria dos Anjos

Construída no século XIII, a Igreja matriz de Santa Maria dos Anjos situa-se no núcleo da Fortaleza de Valença. No interior, pode-se observar a fusão entre a arquitetura românica, quinhentista, tardo-barroca, neoclássica e revivalista. Da construção inicial, reta o portal românico da fachada principal, constituída por detalhes como gárgulas, motivos vegetais, animais bíblicos e cruzes de sagração.

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Capela Militar do Bom Jesus

Considerada o expoente máximo da arquitetura religiosa, barroca e rococó, a Capela Militar do Bom Jesus é um dos pontos principais da presença militar na cidade. No interior, conserva a imagem de Nossa Senhora do Carmo, a padroeira do Regimento de Infantaria nº21, pertencente ao concelho. Tem exposto também diversas condecorações da imagem, inspiração e proteção dedicada no quadro lateral do Regimento de Valença.

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Estátua de S. Teotónio

A escultura do século XX faz referência ao primeiro santo português. S. Teotónio era valenciano e foi visto como o inspirador e protetor da nacionalidade, ficando conhecido como padroeiro dos cristãos escravizados. Nasceu em 1082 e amparou mil homens, mulheres e crianças moçárabes, capturados num ataque à Andaluzia por D. Afonso Henriques.

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Casa do Eirado

A Casa do Eirado é uma das mais antigas casas senhoriais da fortificação. Sobressaem os seus merlões, as marcas judaicas das portas e a sua janela. Este último elemento é uma das primeiras marcas do estilo arquitetónico manuelino português, tendo dado origem a uma outra denominação, a Casa da Janela. Logo abaixo, pode ver-se a figura de uma cabeça, em granito, que, segundo o povo burgo, simboliza um galego degolado.

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Aljube de Valença

Entre 1722 e 1728, o arcebispo de Braga mandou edificar o Aljube de Valença. Desde os anos 30 do século XVIII, deu lugar ao funcionamento dos Paços do Concelhos. As suas seis arcadas costumavam acolher a feira e nas suas janelas ainda se veem os gradeamentos da antiga cadeia. Hoje em dia, funciona como Núcleo Museológico Municipal.

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