Um dos mais monumentais teatros do país celebrou o seu 108º aniversário com o concerto da banda Sangue Suor.
Sangue Suor, uma banda composta por três bateristas, formou-se no ano de 2021 para a celebração do 106º aniversário do Theatro Circo, num convite especial ao baterista Rui Rodrigues, que integra hoje o trio juntamente com Susie Filipe e Ricardo Martins. Dois anos depois, regressaram aos palcos do teatro bracarense para o seu 108º aniversário.
Inicialmente Sangue&Suor, agora Sangue Suor. A plateia recebeu o trio com animação e com grandes aplausos dos fãs. A predominância do instrumental foi notória, com vários momentos de bateria, mas também guitarra elétrica e saxofone, intensificando as músicas, que iam escalando fortemente. Também alguns momentos vocais foram oferecidos pela baterista Susie Filipe, com a sua voz poderosa e performance irreverente, contando com a participação especial da convidada LARIE. Além de canto, LARIE entregou uma experiência transcendente de narração que complementou o instrumental do trio.
Os convidados especiais foram também Vítor Hugo e João Cabrito, que contribuíram com a vibrante toque da guitarra elétrica e o excentricíssimo toque do saxofone. Os temas tocados foram os seis do álbum de estreia dos Sangue Suor, O Salto (2023). Todas as músicas mesclam os talentos dos três artistas, o que é, segundo o Theatro Circo, é “um momento raro no panorama musical português, elevando a importância da percussão e de três importantes bateristas na busca de liberdade criativa, novos sons, fúria, desassossego, fusão e experimentação”.
O espetáculo foi conduzido num tom mais impessoal, com pouca interação com o público, pois segundo Rui Rodrigues “os bateristas não falam muito”. Deixa, contudo, uma mensagem: “estamos a celebrar o público, estamos a celebrar os artistas, estamos a celebrar o Theatro Circo”.
Depois de cerca de uma hora de espetáculo, houve ainda espaço para uma sessão da apresentação do Vinil dos Sangue Suor. O ambiente foi de confraternização e convívio.